Os norte-americanos são os responsáveis pelo experimento do cruzamento da raça Angus com o Zebu, que resultou no touro Brangus, em 1912. O nome se deu com a junção dos nomes das duas raças, pois os primeiros cruzamentos foram feitos entre o Brahman (Zebu) e o Angus, resultando no Brangus.
Atualmente, a cruza mais habitual é com a raça de boi Nelore, mas também pode se dar com o Nelore mocho, o boi Guzerá ou, ainda, com o gado Tabapuã.
Métodos de cruzamento da raça Brangus
Em teoria, de acordo com a Associação Brasileira do Brangus, qualquer cruzamento entre Angus e Zebu dá origem a um Brangus XY, onde X é a quantidade de partes Zebu no animal produzido em relação a Y. O produto final é o 38 (três partes de oito partes, portanto em percentuais temos 37,5% Zebu e 62,5% Angus).
Para se chegar ao Brangus 38, percorre-se pelo menos 3 gerações entre o Zebu e o Angus, sendo que o esquema mais tradicional, entre vários outros, para se formar o Brangus é o seguinte:
Esquema I – Tradicional
- 1º: Touro Angus + Vaca Zebu = Brangus 12B (lê-se, 1 parte de 2 partes é Zebu)
- 2º: Touro Zebu + Brangus 12B = Brangus 34B (lê-se, 3 partes de 4 partes são Zebu)
- 3º: Touro Angus + Brangus 34B = Brangus 38 (lê-se, 3 partes de 8 partes são Zebu)
Touro Brangus: características fazem da raça de gado um dos destaques da pecuária brasileira
As principais características do touro Brangus são a fertilidade, habilidade materna, precocidade, qualidade e acabamento de carcaça, rusticidade, tolerância ao calor, facilidade de parto, elevado peso de desmama, resistência a parasitas e, ainda, a longevidade.
Adaptação e produtividade, características marcantes do gado Brangus, que coleciona apaixonados pela raça como a produtora rural que nos apresenta o post: Tita Lancsarics, da Fazenda Anamelia Brangus HP de Martinópolis, em São Paulo – SP.
“Escolhemos a raça Brangus buscando mais precocidade e logo fomos nos encantando com sua mansidão aliado a sua fertilidade e rusticidade, adaptando-se muito bem ao nosso bioma Cerrado. Sem dúvida se provou uma excelente opção, pois começamos a ter retorno financeiro e de usuários passamos a criadores e vendedores de reprodutores da raça”, conta Tita.
Sucesso inegável apontado pela Embrapa, que verificou crescimento do rebanho Brangus no Brasil em mais de 80% em 10 anos!
Apoio: @feiraagrishowoficial
Fontes: Embrapa, Green Farming e Associação Brasileira do Brangus
Fotos: Tita Lacsarics
Andressa Biata é pecuarista, empresária rural e embaixadora digital da Agrishow. Publicitária de formação, trocou a vida na cidade pela diversidade do campo, compartilhando sua jornada nas redes sociais. Nos quadros “Pé de Quê?” e “Pecuária de Raça”, Andressa explora a origem e os potenciais da agropecuária nacional, valorizando a atuação de mulheres no impulsionamento do agronegócio no país. Instagram: @abiata
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