Em pouco tempo celebramos duas datas importantes para o agronegócio brasileiro. E, elas estão intimamente ligadas. No dia 25 de fevereiro, comemoramos o Dia do Agronegócio, e no dia 10 de março, o aniversário de 30 anos da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).
O significado de agronegócio foi criado, em 1957, pelos pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, John Davis e Ray Goldberg, e que dizer: “a soma de todas as operações envolvidas na produção e distribuição de insumos agrícolas, as operações de produção na fazenda, e as de armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e seus subprodutos”.
No Brasil, essa palavra passou a ser utilizada com frequência no início da década de 1990, com a criação da própria ABAG, que à época era chamada de Associação Brasileira do Agribusiness.
Ao longo de três décadas, o agro passou a ser visto no país como um dos mais importantes fomentadores do desenvolvimento social, por meio da geração de emprego e de renda, o motor da economia nacional, e um dos protagonistas no combate à insegurança alimentar global, através do fornecimento de proteínas, carboidratos e fibras nutritivos advindos de uma produção sustentável, eficiente e de qualidade.
O mais revolucionário é que o crescimento da competitividade do agro foi resultado da aplicação de uma ciência tropical avançada, que proporcionou subsídios para o desenvolvimento de processos, métodos e técnicas de cultivo e colheita altamente produtivos e sustentáveis e para o estímulo de investimentos na iniciativa privada para a criação de novas tecnologias, que ratificassem os estudos e comprovações científicas.
Foi e continua a ser um ciclo virtuoso para o agronegócio brasileiro.
Esses dois pontos não foram os únicos destaques do nosso setor durante esse período. A modernidade e maturidade conquistadas pelo agro vieram também de um trabalho institucional das entidades de classe, que deram voz e representatividade para os produtores rurais, para as agroindústrias, para os fornecedores de serviços e para as empresas de transporte, armazenagem e distribuição. Elas trabalharam e trabalham para a união entre as cadeias de produção e entre a iniciativa privada e pública, por meio de um diálogo vigoroso e constante em diversos fóruns, reuniões oficiais e eventos.
Com isso, as cadeias produtivas foram se fortalecendo de uma maneira global, ganhando importância em um contexto nacional e na perspectiva global. A magnitude do agro ficou em evidência com o mundo compreendendo a extensão desse setor, que possui inúmeros outros setores dentro dele.
Certamente, se o agronegócio brasileiro hoje alcançou um patamar de protagonismo global, esse resultado se deve ao trabalho realizado por todas as pessoas que vivem do agro, com o agro e para o agro. Anualmente, no Congresso Brasileiro do Agronegócio, que ocorrerá em agosto de 2023, fazemos duas homenagens àqueles que se destacam no setor, como uma forma de homenagear também os incontáveis profissionais, produtores rurais, pesquisadores, acadêmicos, cientistas, professores e especialistas que ajudam diariamente a evolução do agro brasileiro.
Para os próximos trinta anos, a ABAG continuará em sua missão de defender as demandas do nosso setor, auxiliando em seu desenvolvimento sustentável, estimulando a criação de novas tecnologias, fomentando novas parcerias, sendo o interlocutor entre os diversos stakeholders, elaborando propostas e projetos para que o agro se mantenha competitivo e sustentável.
Por Gislaine Balbinot - Diretora Executiva da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio
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