O agronegócio está passando por profundas transformações nos últimos anos, graças ao rápido avanço da tecnologia. Conceitos como agricultura de precisão, agricultura 4.0, Big Data e IoT (internet das coisas) conectam cada vez mais todas as atividades relacionadas ao agronegócio.
Segundo o gerente de negócios Otmis/Jacto, Cristiano Pontelli, essa evolução depende de vários fatores, “o uso racional dos recursos naturais, as mudanças climáticas e a otimização de todas as etapas dessa cadeia produtiva representam importantes fatores”.
Entretanto, ele ressalta que é preciso superar obstáculos como infraestrutura, logística e redes de distribuição. “Para superar todos esses obstáculos, os agricultores devem adotar uma gestão moderna e enxuta, capaz de garantir mais produtividade e rentabilidade às atividades”, diz Pontelli.
Para tanto, ele salienta que é preciso implementar soluções para coletar, consolidar e analisar uma série de dados relevantes ao negócio. “Com informações corretas e constantemente atualizadas, é possível potencializar o processo de tomada de decisão e, assim, atingir novos patamares de eficiência e qualidade”.
Papel da transformação digital na gestão do agronegócio
Dentre todas as ações de transformação digital ligadas ao agronegócio, a agricultura 4.0 é uma das que mais ganha espaço. Também conhecida como agricultura digital, a agricultura 4.0 baseia-se na adoção de tecnologia de ponta, na automatização de processos e na análise de dados em larga escala na produção agrícola.
Essas técnicas, quando utilizadas em conjunto, representam alguns objetivos principais quando bem utilizadas, onde pode-se citar:
- Melhorar a produtividade agrícola e a eficiência na utilização de insumos;
- Reduzir custos;
- Aumentar a segurança dos trabalhadores; e
- Diminuir os impactos ambientais causados pela atividade agrícola.
Dessa forma, o gerente de Negócios Otmis/Jacto explica que a agricultura 4.0 surge como uma importantíssima ferramenta de transformação digital na administração rural:
“A aplicação de técnicas sustentáveis no campo deixou de ser uma 'tendência revolucionária' e se tornou um imperativo e uma garantia do abastecimento da cadeia produtiva de alimentos para as próximas gerações”.
Pontelli salienta ainda que a agricultura digital tem o poder otimizar o uso de recursos naturais e aumentar a produtividade, além de melhorar toda a gestão. Mas ao mesmo tempo, a agricultura digital consegue diminuir ao máximo os impactos ao meio ambiente.
Como gerir muitas variáveis do agronegócio?
Apesar de ser um objetivo fundamental, a agricultura do futuro não pode visar somente o aumento de produtividade, já que a quantidade de variáveis no agronegócio é cada vez maior. Para resolver isso, Pontelli opina:
“Para manter uma área com boa produtividade ao longo do tempo, é necessário que aumentemos a eficiência do uso da terra, dos recursos financeiros e da mão de obra, além de diminuir o impacto ambiental ao máximo”.
Neste sentido, fica uma questão importante:
Como gerir todas essas variáveis, sabendo exatamente onde e de que forma intervir?
A resposta passará pela eficiência na análise de bons indicadores e para conseguir isso, o empresário rural deve fazer uso de sistemas integrados e agricultura de precisão.
Com toda essa transformação digital, dados mais confiáveis serão gerados, permitindo manejar cada questão relacionada à produção da maneira mais eficiente e direta possível. “Isso gera economia de tempo, mão de obra, além de recursos naturais e financeiros”, diz Pontelli.
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