No Brasil, o agronegócio é uma atividade que dá certo. Mesmo com adversidades (climáticas, comerciais e econômicas), o país ainda consegue aumentar suas produções ano após ano. Principal motivo deste sucesso está ligado à capacidade nacional em aumentar a sua produtividade; a produção aumenta, mas a área destinada a produção não. Isso se deve a vários fatores, entre os quais a crescente utilização de tecnologia é o mais importante deles.
Porém, para manter e até aumentar os níveis de produtividade, os profissionais do campo precisarão desenvolver habilidades específicas ligadas à gestão do agronegócio e uso da tecnologia.
Quem serão os profissionais do futuro do agro?
Na concepção do gestor de inovação da Usina de Inovação, Pedro Chamochumbi a agricultura vive um momento disruptivo com o fortalecimento da agricultura digital que irá “substuir” o que conhecemos como agricultura tradicional.
“A introdução de novas tecnologias aos sistemas produtivos nos permitirá ampliar os resultados no campo com significativa redução de custos e principalmente com mitigação de impactos ambientais”, comenta Chamochumbi.
Nesta nova conjuntura, o “agricultor tradicional”, que antes precisava conjugar conhecimentos sobre agronomia, logística, meteorologia e finanças, precisará aumentar sua gama de conhecimento, principalmente na questão tecnológica.
“Neste ponto de vista, sem dúvidas os profissionais do campo continuarão sendo os agricultores. Porém a tendência é que este novo agricultor tenha um perfil mais tecnifico e aberto para a adoção tecnológica frente ao desafio de produzir em escala com viabilidade”, explica o gestor.
Num futuro próximo, a agricultura digital fomentará um novo círculo de profissionais que mesmo estando na cidade, estarão dedicados ao campo. Assim, engenheiros, traders, pesquisadores, desenvolvedores, designers, publicitários, makers e empreendedores serão os profissionais do futuro que contribuirão com a produtividade do campo.
Principais áreas de atuação dos profissionais do campo no futuro
Chamochumbi indica que ganharão ainda mais força os segmentos profissionais relacionados às Ciências Agrárias e Gestão de uma maneira geral. No mais, segmentos ligados diretamente ao desenvolvimento e suporte das soluções tecnológicas, cada vez mais presentes no campo, também ganharão importância.
“Hoje, as principais áreas de atuação e destaque no mercado AgTech são ligadas a engenharia aeroespacial/processamento de imagens (devido a introdução de VANTS na agricultura), mecatrônica e robótica (associadas ao desenvolvimento de tecnologias embarcadas, sensores, máquinas autônomas e implementos inteligentes)”, explica o gestor.
Chamochumbi ressalta também que ganharam destaque nos últimos anos as plataformas de gestão de custos e produtividades, as soluções de rastreabilidade, controle biológico e os sistemas integrados dedicados à agropecuária de precisão. Profissionais do campo nesse área terão grande capacidade em gerar conhecimento e tecnologia.
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