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Dicas para você ter um estande impactante em um evento agro

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A temporada de eventos já começou e muitos profissionais do agronegócio têm me perguntado sobre como ter um estande impactante em um evento de agronegócio.

Não existe, é claro, uma receita mirabolante. Mas, se analisarmos o histórico dos eventos, a mudança de perfil dos produtores rurais e o que as marcas têm feito em várias partes do mundo, podemos obter alguns indicativos importantes para nos auxiliar nessa conversa.

Confira a seguir, então, algumas dicas e orientações para que a participação de sua empresa em um evento agro seja ainda mais relevante.

Conexão

O primeiro ponto é não restringir a participação de sua empresa ao espaço físico. Reflita sobre possibilidades de propiciar uma ampla sinergia entre o estande da feira e ações digitais.

Nesse sentido, uma iniciativa complementará a outra, com a mesma mensagem-chave, propiciando uma rica experiência ao seu público.

Imagine, por exemplo, você lançar, dentro de seu estande físico, um game virtual para os visitantes da feira participarem. 

Esse é o ponto: surpreender o público, com a conexão entre o virtual e o físico, de uma forma lúdica.

Venda consultiva

Crie, em seu estande, todas as condições para uma venda consultiva. Nesse contexto, vale mais você destacar dicas para o produtor rural em seu material promocional, do que enfatizar informações sobre soluções e produtos.

Entenda primeiro as necessidades do seu público e depois venda naturalmente. Com essa ótica, as relações tendem a ser mais duradouras.

Imagine, por exemplo, um produtor rural que vai visitar o seu estande em um evento. Se você, de imediato, oferecer o seu produto, dificilmente criará uma conexão. Agora, se você fizer perguntas, procurar entender o dia a dia do produtor, provavelmente, terá um melhor êxito, principalmente se o estande estiver convidativo e propiciar uma venda consultiva eficaz.

Alto Impacto

Por fim, pense em como você pode impactar o produtor rural que visitar o seu estande.

Quais ações podem ser feitas para que ele não se esqueça da visita e, futuramente, entre em contato com a sua empresa?

Para isso, vale responder três perguntas:

- Consegui apresentar de forma interessante a essência de minha empresa?

- A experiência gerou valor para o produtor rural?

- Consegui ajudar o produtor rural a solucionar um problema?

Até o próximo texto. Vamos juntos, com a força do agro!

Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio.

Os colunistas do Agrishow Digital são livres pra expressarem suas opiniões e estas não necessariamente refletem o pensamento do canal.

O Impacto dos Bioinsumos na Agropecuária Brasileira

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Um dos maiores desafios da nossa sociedade é produzir alimentos para uma população crescente, mas fazendo isso de uma forma segura e sustentável. O setor agrícola tem grande responsabilidade nesse meio, por isso, o desenvolvimento de produtos e processos que colocam o meio ambiente no centro das atenções é fundamental. Assim emergiu a bioeconomia, um modelo de produção baseado no uso de recursos biológicos, essencialmente os bioinsumos.

Os bioinsumos são mais amigáveis ao meio ambiente e permitem o ciclo de uma agricultura mais sustentável, transformando-se em uma das tecnologias que mais crescem no setor produtivo e impactam a agropecuária brasileira.

Mas afinal, o que são bioinsumos? Como esses produtos podem ajudar no combate de pragas, na fertilidade do solo e na disponibilidade de nutrientes para as plantas?

Descubra todas essas respostas em nosso material gratuito sobre O Impacto dos Bioinsumos na Agropecuária Brasileira!

Nesse material exclusivo, você encontra:

  • O que são bioinsumos;
  • Quais são os tipos de bioinsumos adotados pela agropecuária;
  • Motivos para adotá-los;
  • Além de instruções sobre manejo e aplicação.

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Como reduzir a emissão de metano na pecuária?

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A atividade pecuária tem um papel de grande relevância para a nossa economia. Ela gera empregos e é protagonista para alimentar a crescente população mundial. No entanto, este é um setor caracterizado pela elevada emissão de metano.

O gás metano (CH4), naturalmente emitido pelos bovinos durante a fermentação entérica do processo digestivo, é considerado um dos responsáveis pelo aquecimento global. 

Exatamente por isso, muitas são as pesquisas e estratégias que permitem a redução da emissão do metano na pecuária e tornam o sistema muito mais sustentável.

Impactos das emissões de metano na pecuária brasileira

O metano (CH4) é o principal contribuinte para a formação do ozônio ao nível do solo, conhecido como um poluente perigoso do ar e causador do aquecimento global e efeito estufa.

Neste contexto, a emissão de metano pelos ruminantes é responsável por cerca de 22% deste gás na atmosfera, constituindo a terceira maior fonte em escala global.

No entanto, para Sergio Raposo de Medeiros, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, o maior impacto das emissões de metano na pecuária vai muito além da emissão em si.

O maior impacto dentro deste cenário é a percepção pelos cidadãos que a redução de consumo dos produtos da pecuária bovina é uma boa alternativa para reduzir os gases de efeito estufa (GEE), o que realmente precisamos fazer”, diz. 

A questão é que, como o Brasil é um dos maiores emissores de GEE e o metano proveniente da pecuária é 60% das emissões, dá a impressão que há grande possibilidade de redução. 

Mas, na realidade, apesar do Brasil estar entre os maiores emissores, sua contribuição para a emissão global de GEE é próxima dos 3%. 

Como a agropecuária é menos de 1/4 desse total, isso significa que, se as 200 milhões de cabeças de bovinos no Brasil desaparecessem num passo de mágica, a redução em termos globais seria bem menor do que apenas 1%”, indica. 

É claro que esse valor não é desprezível, pois há países que não emitem isso. Mas, para Medeiros, a sociedade precisa reconhecer que o grande problema está no carbono gerado de combustíveis fósseis e que China, EUA e comunidade europeia emitem cerca de metade dos GEE totais.

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O Brasil já assumiu vários compromissos para reduzir suas emissões de metano

Entendendo a sua responsabilidade mundial, a pecuária do Brasil já vem trabalhando com a adoção de estratégias para reduzir sua emissão de metano.

Neste contexto, Sérgio Medeiros ressalta que o Brasil assumiu o compromisso de baixar 43% as emissões até 2030 em relação ao valor base de 2005. 

Não tenho os valores exatos obtidos até hoje, mas são valores muito significativos que foram obtidos com uso de muitas estratégias e manejos focados na redução da emissão deste gás ao meio ambiente”, explica. 

Entre as muitas medidas que permitem maior eficiência da produção, merecem destaque: 

  • Plantio direto; 
  • Recuperação de pastagens degradadas;
  • Aumento da área com o uso de sistemas de produção integrado, como integração lavoura-pecuária-floresta, integração lavoura-pecuária e sistemas silvipastoris.

Dentro dessas muitas possibilidades, o grande pilar da eficiência na produção é o que concentra o maior número de tecnologias, como veremos a seguir.

Intensificação da pecuária: O grande foco da redução da emissão de metano

A melhor forma de reduzir a emissão de metano pelo gado é fazer com que um menor número de animais produza a mesma quantidade de carne. Ou seja, a melhor forma é promover a intensificação da pecuária.

Sérgio Medeiros explica que praticamente todas as formas de intensificação de produção pecuária reduzem a emissão de metano por kg de carne produzida. 

Para pesquisadores e empresas pecuárias essa é considerada a melhor métrica, pois podemos reduzir a emissão sem deixar de produzir uma importante fonte de alimento”. 

A ideia é que, à medida que formos mais eficientes, poderemos produzir a mesma quantidade de carne com menos animais e, sendo a produção baixa por kg de carne, nos encaminhamos para redução de GEE na atmosfera. 

Para isso, Sérgio Medeiros destaca algumas estratégias que funcionam muito bem, tais quais: 

  • Melhoramento animal, priorizando a genética que permita maior conversão alimentar e até menor emissão de metano;
  • Melhoramento de pastagens. “Forrageiras com maior digestibilidade fazem os animais ganharem mais peso e produzem menos GEE por kg de pasto consumido, intensificando a atividade”, indica Medeiros; 
  • Suplementação estratégica. “Essa medida faz o animal ganhar peso na seca, em vez de perder”, salienta o pesquisador; 
  • Adiantamento da entrada em reprodução das fêmeas, com a melhoria da nutrição delas. “Isso faz com que elas fiquem menos tempo emitindo metano sem dar contrapartida em bezerros”; 
  • Aumento da fertilidade das vacas com melhor nutrição. “Com aumento da fertilidade, teremos menos vacas vazias, que emitem metano sem produzirem carne (na forma de bezerro), intensificando a atividade”. 

Por fim, o confinamento é uma atividade que tem crescido dentro da pecuária e que vem contribuindo para a redução das emissões por kg de carne produzida. 

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Novas tecnologias surgem para reduzir a emissão de metano na pecuária

Além de todas as estratégias para intensificar a produção pecuária e reduzir a emissão de metano, há outras tecnologias que merecem destaque. 

Para Sérgio Medeiros, o uso de aditivos é uma delas. Basicamente, os aditivos são substâncias que aumentam o desempenho do animal, em geral aumentando o ganho, a eficiência alimentar ou ambos. 

Ou seja, mesmo que não sejam dedicados a reduzir a emissão de metano, se aumentarem o ganho de peso, diminui a emissão de GEE total por kg de ganho de peso.

Há grande expectativa de que o uso de novos aditivos ajude a melhorar a eficiência de ganho de peso. Hoje, eles já são usados, no entanto ainda há dúvidas na duração do efeito”, cita Medeiros. 

Por outro lado, a pecuária vem tendo excelentes resultados com o uso de consórcio gramíneas-leguminosas, tanto na redução de emissão por kg de carne, como na redução da necessidade de insumos (adubo e suplementos proteicos). 

Por fim, espera-se, também, que o aprendizado sobre o microbioma ruminal nos próximos anos permita encontrar pontos que possam ser manipulados para reduzir as emissões, mantendo a produção. 

No mais, cabe ao setor continuar adotando medidas para intensificar a pecuária de maneira sustentável. “Essa é a chave para aumentarmos a eficiência dos nossos sistemas”, conclui o pesquisador. 

A boa notícia é que temos uma vasta gama de possibilidades de aumento de produção com a redução de insumos, inclusive com opções já disponíveis, bastando viabilizar a adoção pelos produtores.

Aproveite para conhecer este artigo que cita um estudo da FGV que visa o desenvolvimento da pecuária de baixo carbono.

O olho do dono não engorda mais o boi, mas evita doenças

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A frase “O olho do dono é que engorda o boi” nascida no campo ganhou destaque no mercado corporativo por muitos anos, mas, depois de um tempo, caiu por terra sendo substituída pela ideia de que o proprietário de uma empresa não pode acompanhar todos os processos muito de perto, pois, além de se tornar escravo do próprio negócio, uma organização de sucesso tem que funcionar sozinha, como uma perfeita engrenagem e, principalmente, na ausência do dono, que deve se colocar num patamar mais estratégico, a fim de que o empreendimento cresça cada vez mais. Embora essa linha de raciocínio faça total sentido, este é um tema relevante que penso tratar num futuro artigo.

Hoje, eu quero falar sobre como o olho do dono pode evitar doenças em bovinos. Recentemente, tive a felicidade de participar do evento de lançamento do primeiro anti-inflamatório não esteroidal (AINE) registrado para ser administrado como produto pour-on em bovinos, que foi desenvolvido pela MSD Saúde Animal, para o controle da inflamação e alívio da dor e febre. Para quem não sabe, um produto pour-on é aplicado pela via utópica em toda linha dorsal dos bovinos, dispensando o uso de agulhas – algo inédito quando o assunto é anti-inflamatório para bovinos – e contribuindo para o bem-estar animal, umas das principais bandeiras de uma pecuária cada vez mais evoluída e que se preocupa, de fato, com o rebanho.

Mas talvez você esteja pensando: “O que isso tem a ver com o olho do dono evitar doenças?”. Explico: o lançamento citado contou com a presença do médico veterinário e mestre em produção animal, Marcelo Cecim, que deu uma aula sobre comportamento bovino em relação à dor. De acordo com ele, todo animal que é uma presa tem uma habilidade nata de esconder a dor, porque demonstrar que não está bem o deixa vulnerável aos predadores. Por essa razão, é ainda mais difícil detectar que um bovino esteja com dor e, como consequência, o processo inflamatório pode se alastrar, prejudicando o bem-estar animal, bem como a produtividade que impacta diretamente no bolso do produtor rural.

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Desta forma, é importantíssimo que o pessoal que maneja bovinos esteja de olho nos animais, a fim de perceber um problema de saúde e saná-lo o quanto antes. Partindo desta premissa, há de se observar o comportamento do animal no tocante ao modo de caminhar, de olhar e até mesmo de se alimentar; porém, mesmo notando que o animal está diferente, é muito comum o pecuarista não fazer a ligação da mudança comportamental com o processo de dor. Vale destacar que, atualmente, a inteligência artificial permite a criação de uma série de sistemas de monitoramento comportamental que conseguem reconhecer de uma maneira muito precoce que o comportamento de um animal está alterado. Trata-se da ferramenta mais sensível que existe para reconhecer que um animal não está bem muito antes dele ficar doente.

Um exemplo é a Tristeza Parasitária Bovina (TPB), que faz com que o animal mude a maneira de agir quatro ou seis dias antes da doença clínica ser instalada e que leva a um quadro de desconforto, depressão, fazendo o animal comer menos e produzir menos. No entanto, a observação em relação ao comportamento desses animais não deve ser feita só para decifrar que tipo de doença ele possa ter, mas, principalmente, para evitar novas enfermidades num efeito dominó.

O médico veterinário Marcelo Cecim explica que a vaca com mastite deita por muito menos tempo, justamente por causa do peso da perna em cima do úbere dolorido. Ao ficar em pé, a vaca ruminará menos e correrá o risco de desenvolver uma cirrose e ainda forçar o sistema locomotor provocando problema de casco também. Em contrapartida, a vaca que tem problema de casco, ao contrário de quando está com mastite, prefere ficar mais tempo deitada, com o objetivo de evitar a dor de apoio. Pelo fato de passar mais tempo deitada, o animal tende a fazer menos refeições. Sabe-se que uma vaca de leite saudável faz de nove a 12 refeições, mas as que têm problema de casco farão de 2 a 4 refeições. Isso significa que nas poucas vezes que comerem vão exagerar na alimentação, ocasionando uma carga alta de carboidrato que fermentará rapidamente no rúmen, levando a uma acidose ruminal (acúmulo de ácido no rúmen), que, por sua vez, também vai piorar o problema de casco.

Em resumo, não ignore a mudança de comportamento dos bovinos. Na dúvida, tome uma atitude. Ficando de olho no animal e, agindo rápido, você obtém um diagnóstico precoce, que favorece ainda mais a chance de cura, além de evitar que uma doença provoque muitas outras doenças. A prevenção está no seu olhar e, acima de tudo, na sua ação imediata como um produtor rural que se preocupa com o bem-estar animal e seu consequente impacto nos negócios da fazenda.

Lilian Dias é comunicadora Agro, possui MBA Executivo pela ESPM, com foco em habilidades de gestão de pessoas, práticas de liderança e marketing. É autora do e-book "Os Pilares do Agronegócio". Site: www.novoagro.com.br - Instagram: @novoagrotv – Youtube: https://www.youtube.com/novoagrotv – E-mail: novoagro@ novoagro.com.br.

 

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Exportação de produtos agrícolas: o Guia Completo

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A agricultura é uma das atividades econômicas mais importantes em todo o mundo. Responsável por assegurar a disponibilidade de alimentos dos países, essa prática é estratégica. O Brasil tem protagonismo mundial e mantém destaque na exportação de produtos agrícolas.

Recentemente, a Embrapa divulgou estudos que indicam que a agricultura brasileira alimenta cerca de 800 milhões de pessoas. E, com o crescimento populacional do mundo, a expectativa é que a importância da nossa agricultura seja ainda maior.

Nesse sentido, a exportação de produtos agrícolas torna-se uma grande oportunidade para os produtores, que podem obter excelentes resultados com essa prática. Pensando nisso, criamos um guia completo para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o processo de exportação, incluindo regras, recomendações e etapas.

Faça download do material e confira:

  • Diversificação e especialização da agricultura brasileira;
  • O agro no cenário nacional e mundial;
  • Exportações crescentes no agronegócio brasileiro;
  • Novos mercados;
  • Passo a passo e regras para exportar;
  • Modalidades de exportação de produtos agrícolas.

Clique em “Baixar” e faça o download do Guia de Exportação de Produtos Agrícolas!

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Cafés especiais: Como entrar neste segmento que cresce no Brasil?

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O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. O setor finalizou a safra de 2022, ano de bienalidade positiva, com um volume de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado. Porém, dentro do segmento de cafés especiais ainda há muito a ser feito.

Com consumidores cada vez mais exigentes, cabe aos produtores buscar por soluções que permitam agregar valor aos seus produtos, tendo no café especial uma excelente oportunidade de diferenciação.

Para entender mais sobre o segmento, conversamos com Gerson Silva Giomo, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O que são cafés especiais?

No Brasil, a produção de cafés especiais é crescente, tanto que cerca de 20% dos cafés exportados pelo país são dessa categoria. 

Esse crescimento tem atraído diversos agricultores e cafeicultores em muitas regiões do país, que buscam fazer a transição para o ramo. Mas, o que é, de fato, um café especial?

Para Gerson Giomo, existem diversas formas para se definir um café especial. Essas definições consideram desde aspectos produtivos na lavoura, no processamento pós-colheita e na industrialização do produto (torrefação dos grãos). 

Os cafés especiais passam por rigoroso controle de qualidade em todas as etapas de produção. Com isso, conseguimos eliminar todos os tipos de grãos defeituosos ou grãos indesejáveis que possam prejudicar a qualidade da bebida”, ressalta.

O pesquisador do IAC indica também a definição de cafés especiais no âmbito mundial. “Um café é considerado especial quando atinge pontuação mínima de 80 pontos em uma escala internacional de avaliação sensorial de cafés especiais, conforme proposto pela Specialty Coffee Association (SCA) e normatizada pelo Coffee Quality Institute (CQI).

No âmbito do Brasil temos também a classificação oficial brasileira (COB), onde se considera que um café é especial quando apresenta bebida “mole”, na prova de xícara.

Nessa classificação há uma equivalência entre a classificação oficial brasileira e a nota SCA (resultado final) em relação à qualidade da bebida, onde:

  • 85 pontos SCA ou acima - Bebida estritamente mole na classificação COB;
  • 80 pontos a 84 pontos - Bebida Mole;
  • 75 a 79 pontos - Bebida Apenas Mole;
  • 71 a 75 pontos - Bebida Dura Limpa.

Assim, na classificação oficial brasileira, os cafés especiais correspondem aos cafés que têm Bebida Mole, descrita como adocicada, de sabor agradável e sem qualquer tipo de adstringência, ou seja, sem excesso de taninos na bebida.

Na prática, pode-se considerar que a principal característica de um café especial é a excelente qualidade de bebida percebida pelo consumidor. 

Alguns atributos sensoriais da bebida, como aroma, sabor, doçura e acidez se tornam bastante relevantes para caracterizar um café especial, que além de ter equilíbrio entre esses atributos não apresenta adstringência e nenhum sabor desagradável ao paladar”, conclui Giomo.

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Principais regiões produtoras de café especial no Brasil

Na cafeicultura, é sabido que algumas regiões produtoras apresentam condições edafoclimáticas mais apropriadas à produção de cafés especiais, ou seja, há regiões que apresentam uma certa aptidão natural que favorece a obtenção de cafés de melhor qualidade. 

Assim, tradicionalmente as regiões brasileiras que mais se destacam na produção de cafés especiais estão localizadas na Mantiqueira de Minas, Sul de Minas, Matas de Minas, Serra do Caparaó, Alta e Média Mogiana Paulista, Norte Pioneiro do Paraná, Montanhas do Espírito Santo, Chapada Diamantina e Cerrado Mineiro, dentre outras.  

Contudo, o pesquisador do IAC ressalta que a produção de café especial não depende apenas da região produtora, mas sim de um conjunto de técnicas de produção que podem ser direcionadas ao aprimoramento da qualidade do café. 

Embora haja uma certa tendência de regiões com maior altitude produzirem cafés de melhor qualidade, qualquer região tem potencial para produzir cafés especiais a partir da adoção de práticas agrícolas adequadas na condução da lavoura e no processamento pós-colheita”, complementa Gerson Giomo. 

Além disso, outro ponto importante é a experiência do Brasil na produção de cafés. Somos um país muito mais preparado para esse segmento e precisamos vender bem essa ideia para o mundo. Afinal, produzimos os melhores cafés, com sustentabilidade e valorização social.

Recomendações para iniciar a produção de cafés especiais

A obtenção de um café de qualidade depende de uma série de fatores, desde os cuidados com a lavoura até chegar à mesa do consumidor. Mas, de maneira bastante reduzida, Giomo destaca que a qualidade do café é resultante da interação Genótipo x Ambiente.

Como fatores genéticos, o pesquisador dá destaque para as espécies e as cultivares de café. “A espécie Coffea arabica é considerada produtora de cafés mais aromáticos e saborosos, sendo ideal para cafés especiais”, sugere. 

Dentre os fatores ambientais, Giomo dá maior destaque à localização geográfica, com ênfase à altitude e aspectos climáticos, principalmente relacionados à temperatura e ao regime de chuvas, associados aos métodos de processamento pós-colheita que podem realçar a qualidade da matéria prima. 

Além da interação Genótipo x Ambiente, o pesquisador do IAC explica que existem diversas formas de produção de cafés especiais, dependendo do nível tecnológico do cafeicultor. Ele explica que há duas situações mais comuns: 

1. Aproveitamento de áreas já existentes: 

Segundo o pesquisador é bastante comum o cafeicultor aproveitar os sistemas de produção e as lavouras já existentes na propriedade. 

Nesse modelo, os cafeicultores buscam aprimorar a qualidade do café a partir da utilização de técnicas agronômicas específicas direcionadas ao manejo da lavoura cafeeira”. 

Além disso, o correto manejo na colheita do café juntamente com alguns ajustes na infraestrutura e no manejo de processamento pós-colheita são fatores que podem favorecer a produção de cafés especiais em qualquer lavoura de café já existente na propriedade.  

2. Implantação de áreas novas: 

O produtor também pode iniciar a produção de cafés especiais a partir da escolha de locais com maior aptidão natural para a produção de cafés de melhor qualidade e realizar a implantação de lavouras com cultivares que possuem maior aptidão genética para expressar qualidade na xícara. 

Nessa situação, o pesquisador diz que é mais fácil promover a otimização da produção de cafés especiais. 

Com um melhor planejamento e dimensionamento de toda a infraestrutura, com equipamentos e mão de obra envolvidos na produção do café, a possibilidade de ter cafés de excelente qualidade é muito maior”, salienta. 

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IAC: 135 anos de contribuição ao agronegócio de Cafés do Brasil

O agronegócio brasileiro é um grande produtor de café a nível mundial e muito disso é resultado das pesquisas do IAC.

O Instituto Agronômico (IAC), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é uma instituição pioneira na pesquisa cafeeira no Brasil. 

Em 90 anos de melhoramento genético do cafeeiro, o IAC desenvolveu mais de 60 cultivares de café arábica para cultivo em todas as regiões brasileiras, contribuindo imensamente para o desenvolvimento da cafeicultura nacional. 

Juntamente às cultivares melhoradas, o IAC realizou estudos climáticos e de ambiente de produção visando a adaptação de plantas, recomendando os melhores espaçamentos e manejos fitotécnicos para aumentar a produtividade das lavouras. 

Certamente isso teve grande contribuição para que o País se tornasse o maior produtor mundial de café”, opina Gerson Giomo. 

Além disso, com o aumento da demanda de produção de cafés especiais no Brasil, o IAC criou em 2012 um Programa de Pesquisa em Cafés Especiais. Nele são desenvolvidas linhas de pesquisa específicas para fomentar a produção de cafés especiais no Brasil. 

Esse Programa atende algumas demandas do setor produtivo de cafés especiais, tendo como objetivo principal identificar em campo as principais variedades/cultivares de café com maior aptidão à produção de cafés especiais em diversas regiões brasileiras”, explica o pesquisador do IAC.

Para o futuro, Giomo tem a ciência de que o IAC continuará contribuindo com a seleção de cultivares com maior aptidão para a produção de cafés especiais. 

Vislumbramos a possibilidade de uso de novos genótipos, constituídos por variedades renomadas no mercado de cafés especiais e adaptadas para cultivo no Brasil, bem como o desenvolvimento de variedades híbridas inéditas que certamente poderão contribuir para a produção de cafés especiais diferenciados”, finaliza. 

Veja também a importância do marketing para o sucesso do mercado de cafés especiais neste material exclusivo desenvolvido por Rodrigo Capella.

Adubação verde: O que é e quais seus benefícios?

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O desenvolvimento da agricultura tem sido pautado pela solução de questões ambientais, caso do aquecimento global e do escasseamento dos recursos naturais. Neste contexto, a adoção de tecnologias sustentáveis têm sido uma necessidade, com destaque para a adubação verde.

A adubação verde é uma técnica agrícola capaz de promover a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas que ajudam a tornar o solo mais fértil. 

Quando bem aplicada e gerenciada, a adubação verde é uma técnica que visa recuperar solos degradados, melhorar solos pobres e conservar os que já são naturalmente mais produtivos.

O que é adubação verde?

Em praticamente todo tipo de atividade agrícola, o solo é o elemento mais importante. Afinal, sem ele, não há produção, nem produtividade. Dessa forma, é cada dia mais necessário adotar estratégias para cuidar deste bem tão precioso.

Para José Guilherme Marinho Guerra, pesquisador da Embrapa Agrobiologia, uma dessas estratégias é a adubação verde, que ele define da seguinte forma:

A adubação verde é uma técnica agrícola de base ecológica que consiste no cultivo de uma espécie, ou de uma mistura de espécies, chamada de adubo verde ou de planta de cobertura de solo, que em grande medida apresenta alta capacidade de produção de fitomassa”.

Consequentemente, a adubação verde tem como grande objetivo auxiliar no processo de nutrição do solo usando, para isso, diversas espécies de plantas. 

As espécies para adubação verde são pertencentes em sua maioria às famílias botânicas Fabaceae (leguminosa) e Poaceae (gramínea) e, em menor extensão, às famílias Asteraceae (composta), Brasicaceae (crucífera) e Poligonaceae”, explica Guerra. 

Além disso, as espécies utilizadas para tal finalidade podem ser de clima tropical, subtropical ou temperado. Também apresentam porte herbáceo, arbustivo ou arbóreo; ciclo anual, semiperene ou perene; e hábitos de crescimento rastejante, volúvel ou ereto.

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Benefícios da adoção da adubação verde

A adubação verde possui uma série de vantagens quando adotada em diferentes sistemas agrícolas.

Para José Guilherme Guerra, a adubação verde é essencial para ajudar a melhorar as condições de cultivo das lavouras, o que resulta normalmente em benefícios à maioria das lavouras comerciais ou destinadas ao consumo próprio. 

Esse benefício se dá pela ação na proteção e na conservação dos solos, por meio da melhoria de suas características químicas, físicas e biológicas e da capacidade de ciclagem e disponibilização de nutrientes”, salienta o pesquisador. 

Além do mais, para o pesquisador da Embrapa, o cultivo de adubos verdes oferece muitos outros benefícios e vantagens, tais como:

  • Auxilia no controle de pragas e doenças de solo; 
  • Auxilia no controle biológico e conservativo de pragas agrícolas. “As plantas atuam funcionando como local de abrigo, e como recurso alimentar por meio do acesso ao pólen e ao néctar floral, para artrópodes benéficos”, explica Guerra; 
  • Ajuda a atrair polinizadores; 
  • Contribui com a manutenção da infestação de ervas de ocorrência espontânea competidoras em níveis toleráveis;
  • Permite uma troca de cátions mais efetiva do solo;
  • Aumento da microbiota benéfica dos solos;
  • Auxilia na descompactação do solo;
  • Diminui os teores de Al que, por consequência, ajudam no aumento na absorção de fósforo nos solos;
  • Aumento da infiltração de água no corpo do solo, possibilitando maior armazenamento e evitando o escorrimento superficial.

Diante dessas vantagens, fica fácil entender que a adubação verde ajuda a melhorar o desenvolvimento das culturas agrícolas, e consequentemente, a produtividade do sistema produtivo.

Adubação verde na prática

Como você viu, o emprego dos adubos verdes garante uma série de benefícios. Mas, para bons resultados, essa técnica deve ser muito bem planejada para, acima de tudo, evitar possíveis malefícios ou prejuízos com o seu uso.

Guerra explica que a prática de adubação verde é comumente conduzida seguindo algumas etapas, que são: 

1. Semeadura da(s) espécie(s) ou do transplantio de mudas (no caso de espécie arbórea) em área mantida sob pousio; 

2. Crescimento do adubo verde por período de tempo a ser definido pelo próprio agricultor; 

3. Roçada ou da poda da parte aérea das plantas (uma referência no ciclo de cultivo é por ocasião do florescimento); 

4. Incorporação ao solo, ou manutenção da fitomassa na superfície do terreno, na mesma área ou transportada para glebas de cultivo adjacentes. 

Este sistema de manejo da adubação verde é definido como em sucessão ou pré-cultivo à lavoura de interesse”, complementa o pesquisador.

Além disso, o pesquisador da Embrapa Agrobiologia explica que o adubo verde pode também ser cultivado consorciado à espécie de interesse econômico. “Essa estratégia é preconizada com alguma frequência em lavouras de milho”, salienta. 

No caso de a espécie empregada na adubação verde ser de porte arbustivo ou, principalmente, arbóreo, o consórcio é chamado comumente de cultivo em faixa intercalar ou em aleia.

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Cuidados e desafios para o sucesso da adubação verde

Assim como ocorre com qualquer prática agrícola, os melhores resultados com a adubação verde dependem da adoção de alguns cuidados bastante importantes.

No caso da adubação verde José Guilherme Guerra explica que é necessário ter muito cuidado com a escolha da espécie. 

Nessa escolha, o agricultor deve buscar identificar aquela espécie que tenha informações disponíveis para as condições locais, particularmente climáticas e épocas mais adequadas de cultivo”, sugere. 

Outro aspecto merecedor de destaque diz respeito a conhecer se o adubo verde é hospedeiro de fitomoléstias ou de pragas agrícolas que comprometam o desempenho agronômico das lavouras econômicas. 

No caso de serem empregadas como cultivo intercalar, é importante observar também o hábito de crescimento e vigor das plantas destinadas à adubação verde, para que não venham competir por recursos com a cultura agrícola, ou prejudicar a execução de algum trato cultural.

No que se refere aos desafios, o pesquisador da Embrapa Agrobiologia destaca a importância da definição da estratégia de manejo da adubação verde mais adequada à realidade do cultivo econômico que se beneficiará desta prática agrícola. 

Neste sentido, o planejamento do desenho do arranjo produtivo, levando em consideração aspectos espaciais e temporais da introdução do adubo verde, não podem ser negligenciados.

Outro desafio atual citado por Guerra se refere à aquisição de sementes ou mudas de espécies de cobertura de solo recomendadas para adubação verde. 

Na atualidade, a disponibilidade no comércio é limitada e restrita a poucas espécies”, finaliza o pesquisador da Embrapa.

Aproveite este tema para entender o que é e como adotar o conceito de agrofloresta na sua propriedade.

Deficiência de nutrientes nas plantas: Conheça os principais sinais

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Você é um produtor rural e anda tendo dificuldades em alcançar maiores produtividades da sua cultura? Vários podem ser os motivos para isso, mas a deficiência de nutrientes é um dos mais comuns.

Exatamente por isso, cabe ao produtor estar atento aos sintomas e a partir dele identificar quais são as deficiências para tomar as melhores providências, a fim de minimizar as perdas da plantação.

Dessa forma, alguns são os principais nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, que, na ausência, apresentam um certo tipo específico de deficiência.

Principais nutrientes encontrados nas plantas e no solo

Para seu correto desenvolvimento, as plantas necessitam de nutrientes para completarem seu ciclo de vida. Elas absorvem estes nutrientes do solo, através das raízes, e através da sua parte aérea, através das folhas.

Neste sentido, Érico Corneta, pesquisador da Yara Brasil, explica que o Nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) são os três nutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas, sendo denominados pela sigla NPK. 

Quando combinados e aplicados da forma correta, estes elementos garantem muitos benefícios ao desenvolvimento das plantas e a realização de seu ciclo de vida de forma completa”, complementa Corneta.

Contudo, cada um desses e muitos outros elementos é requisitado em quantidades diferentes. E, a partir dessa diferença, falamos sempre em macronutrientes (necessários em quantidades maiores), macronutrientes secundários e micronutrientes.

A diferença entre macro e micronutrientes é que o primeiro diz respeito a elementos requeridos em maiores quantidades, enquanto o segundo são aqueles necessários em menor quantidade. 

Podemos considerar que os macronutrientes são fornecidos em quilos por hectare, enquanto os micronutrientes são aplicados, na maioria das vezes, em gramas por hectare”, ressalta Corneta. 

Para o diretor da Yara, esse conceito é muito importante para garantir que as lavouras recebam a adubação correta, sem excesso ou falta. “A deficiência de nutrientes vegetais é um problema, mas o excesso também”, afirma.

Ainda sobre isso, o Professor Tiago Tezotto, docente do Departamento de Ciência do Solo da Esalq/USP, ressalta que essa definição de macro e micronutrientes é estritamente em razão da ordem de grandeza da quantidade demandada na planta e não pela importância de cada elemento na sua composição. 

Para uma planta funcionar perfeitamente, a disponibilidade de macronutriente nitrogênio, por exemplo, tem papel tão importante quanto o micronutriente Magnésio. Ter isso em mente é fundamental”, garante.

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Nutrientes: Por que são essenciais para plantas?

Para classificar os elementos como nutrientes, há a necessidade que eles atendam os seguintes critérios:

1. Um elemento é considerado essencial quando sua deficiência impede a planta de completar o ciclo de vida; 

2. A função do elemento na planta não pode ser substituída por outro elemento; e 

3. O elemento deve estar diretamente envolvido no metabolismo da planta. 

Dessa forma, quanto um elemento químico atende essas premissas ele é classificado como nutriente ou elemento essencial. 

Com base nisso, Érico Corneta explica que os nutrientes mais requeridos em quantidade pelas plantas (oxigênio, carbono, nitrogênio e hidrogênio — obtidos da água e do ar —, além de potássio, fósforo, cálcio, magnésio e enxofre) são essenciais para processos vitais da planta.

Nas plantas, esses nutrientes são essenciais para realizar a transferência de energia, manutenção das relações hídricas e funções enzimáticas”, explica.

Já os micronutrientes constituem enzimas que, se não funcionarem corretamente, podem causar a morte da planta, além de serem responsáveis direta e indiretamente por enzimas dos mais diversos metabolismos. 

Os principais micronutrientes são: boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.

Dito isso, a deficiência nutricional é caracterizada pela ausência ou limitação no fornecimento de um nutriente, que influencia nas atividades essenciais do metabolismo da cultura.

Principais causas da deficiência de nutrientes nas plantas

Para Érico Corneta e Tiago Tezotto, as principais deficiências de nutrientes observadas nas plantas ocorrem em razão do fornecimento dos nutrientes aquém da demanda da cultura. 

Dessa forma, para o professor Tezotto, a deficiência ocorrerá em razão dos seguintes acontecimentos:

  • A exigência da planta é maior do que está disponível no solo ou adicionado via fertilizantes;
  • Por fatores climáticos como temperatura alta, temperatura baixa e seca. “Estes fatores afetam a absorção do nutriente pela planta”, salienta o professor da Esalq; 
  • Por fatores do solo como compactação que reduzem o volume radicular das plantas para absorção dos nutrientes; e 
  • Por fatores de manejo que o produtor realiza ao longo do ciclo da cultura que indisponibiliza os nutrientes para absorção. Um exemplo é a aplicação de calcário que eleva o pH do solo e reduz a disponibilidade de micronutrientes como Fe, Mn, Cu e Zn, por exemplo.

Por essa última razão, Érico Corneta ressalta a importância do uso dos fertilizantes para repor os nutrientes que são extraídos pelas colheitas. “Somente com essa correção conseguiremos evitar que, safra após safra, os solos se tornem pobres”.

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Sinais mais comuns de deficiência de nutrientes nas plantas

De forma geral, a limitação dos nutrientes no desenvolvimento das plantas é responsável pela redução do seu crescimento e consequentemente da sua produtividade, o que impacta diretamente na rentabilidade do produtor.

Mas, de forma mais detalhada, os sinais de deficiência na planta se manifestam de diferentes formas, dependendo da função que o nutriente em desequilíbrio causa na planta.

Assim, para o pesquisador da Yara Brasil, alguns dos mais característicos sintomas de deficiência em folhas mais velhas são:

  • Folhas verde-pálidas e amarelas: sinal de deficiência de nitrogênio;
  • Folhas opacas, sem brilho, com tons verde-azulados ou roxos: deficiência de fósforo;
  • Queimadura e amarelecimento ao redor das bordas das folhas. A folha também pode apresentar uma forma côncava: deficiência de potássio;
  • Amarelecimento irregular, geralmente com um triângulo verde que permanece na base da folha (ponta de lança). Às vezes apresentam formas de cor laranja ou vermelho brilhante ou queimadura: deficiência de magnésio.

Além disso, Tezotto explica que os elementos que participam da estrutura da planta, como o Ca e B, na sua deficiência apresentam deformação de suas folhas e frutos, por exemplo. 

Nesse caso há impacto maior nos legumes, frutas e verduras que perdem o valor em razão da qualidade visual do produto”, complementa o professor.

Já elementos que movimentam pouco dentro da planta apresentam amarelecimento das folhas novas em crescimento e elementos que se movimentam com facilidade na planta causam amarelecimento nas folhas mais velhas.

Como prevenir o aparecimento destes sintomas?

De fato, dentre todos os sintomas da deficiência de nutrientes nas plantas, a queda da produtividade causa grande preocupação. 

Para evitar isso, tanto Tezotto quanto Corneta indicam que é preciso que exista um bom manejo da lavoura e, para isso, é preciso ter um programa nutricional adequado. Este é o melhor método para evitar deficiências, o que inclui recomendações como:

  • Análise do histórico da área – O produtor precisa conhecer os cultivos já realizados, as respostas à adubação e o aparecimento de sintomas de deficiência nutricional em plantas para entender como está o comportamento em relação ao ambiente de cultivo;
  • Fazer uso de ferramentas de avaliação, para análises de solo, tecido, seiva e folha. “Esses dados irão mostrar se as plantas estão recebendo todos os nutrientes que precisam, prevenindo os sintomas”, indica Corneta;
  • Oferecer às lavouras fertilizantes de qualidade que forneçam os nutrientes nas quantidades necessárias, nas fases recomendadas e no local mais eficiente (semente, base, cobertura, foliar);
  • Utilizar o conceito 4C sobre manejo de nutrientes, que define o produto, a dose, a época e o local correto para aplicação dos fertilizantes.

Neste contexto, as análises de solo são fundamentais para avaliar o quanto de nutriente está disponível para atender a produtividade e garantir maior eficiência da fertilização mineral para repor o nutriente extraído pela cultura, evitando sua deficiência.

Aproveite para baixar nosso material gratuito sobre os principais pontos relacionados ao planejamento da safra.

Hidrogênio verde: Conheça o “combustível do futuro”

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O hidrogênio verde, também conhecido pelo termo H2V, é citado por muitos como uma excelente alternativa para reduzir as emissões de poluentes e cuidar do nosso planeta.

Neste contexto, por muitas razões o Brasil surge com a possibilidade de se tornar um dos principais players da tecnologia do hidrogênio verde.

Segundo especialistas da área, já são dadas como certas as boas condições do território brasileiro para a produção dessa fonte energética que, cada vez mais, desperta o interesse mundial.

O que é o hidrogênio verde?

A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050. Essa descarbonização passa necessariamente pelo uso de combustíveis com características sustentáveis, caso do hidrogênio verde (H2V).

O H2V é uma classificação dada ao hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água, com baixa ou nula intensidade de carbono, utilizando preferencialmente energias renováveis ou de baixa emissão de gases de efeito estufa para a sua produção.

Entre as fontes que permitem a produção de hidrogênio verde temos a energia eólica e fotovoltaica. Também merecem destaque a hidroeletricidade e biomassa de rejeito.

Para a produção de hidrogênio verde há a realização de um processo químico conhecido como eletrólise. Este método faz uso da corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. 

Dessa forma, se essa eletricidade for obtida de fontes renováveis, então há a produção de energia sem emitir dióxido de carbono na atmosfera.

Hidrogênio verde x hidrogênio azul x hidrogênio cinza

Uma excelente forma de explicar o que é hidrogênio verde e suas características benéficas para o meio ambiente é compará-lo com os chamados hidrogênio azul e hidrogênio cinza.

Por definição, o hidrogênio verde é aquele combustível produzido através de fontes renováveis de energia, como solar fotovoltaica e eólica, por meio da eletrólise da água.

As outras cores, por sua vez, se diferenciam do hidrogênio verde em razão do processo de produção. Por exemplo, o hidrogênio cinza é produzido a partir de combustíveis fósseis, caso do gás natural, sem captura de carbono (CCUS – Carbon Capture Utilisation and Storage).

Já o hidrogênio azul é também produzido a partir da reforma do gás natural e demais combustíveis fósseis, mas com captura de carbono (CCUS). Ou seja, há a captura e armazenamento de carbono emitido no processo.

Dessa forma, dentre essas possibilidades, o hidrogênio verde é considerado menos poluente do que o hidrogênio cinza e o hidrogênio azul.

Consequentemente, muitas são as vantagens do investimento e uso do H2V, tais como:

  • 100% sustentável: o hidrogênio verde não emite gases poluentes durante a combustão e o processo de produção;
  • Possui fácil armazenamento: o hidrogênio é fácil de armazenar, o que permite sua utilização posterior em outros usos ou em momentos diferentes ao de sua produção;
  • Versatilidade: este elemento pode ser transformado em eletricidade ou combustíveis sintéticos para que seja utilizado com finalidades comerciais, industriais ou de mobilidade.

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Grandes oportunidades para o Brasil no mercado de H2V

O hidrogênio de baixo carbono (verde) é visto por especialistas como uma ótima alternativa para reduzir o consumo de carvão, petróleo e gás. Isso vem exigindo investimentos vultosos que mais cedo ou mais tarde vão resultar na criação de uma nova commodity. 

Neste sentido, Nivalde José de Castro, coordenador do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) acredita que muitas oportunidades vão se abrir para países que apresentem vantagens competitivas em relação às fontes de energias renováveis, como solar e eólica, caso do Brasil.

O Brasil se enquadra como exemplo de destaque, pois detém condições excepcionais para se tornar um grande produtor mundial de hidrogênio verde (H2V)”, diz. Castro cita ainda três destaques que vai dar o protagonismo ao Brasil neste sentido

Em primeiro lugar, o coordenador do GESEL destaca o processo de descarbonização dos setores industriais de difícil eletrificação. 

Poderemos utilizar o H2V como insumo em indústrias de fertilizantes, siderurgia, cimento e petroquímica, tornando nosso sistema energético mais renovável e de baixo carbono”. 

Em segundo, há o aproveitamento do potencial de produção de energia solar e eólica do Brasil. “Precisamos estimular o desenvolvimento de tecnologias no Setor Elétrico Brasileiro (SEB), e buscar maior eficiência energética que induzam à diminuição de custos de produção do H2V”, sugere. 

Em terceiro, Castro destaca a possibilidade concreta do Brasil em criar uma cadeia de valor para a produção do hidrogênio verde. 

Para o desenvolvimento do hidrogênio verde precisamos criar uma cadeia análoga à indústria de autopeças que se desenvolveu no Brasil a partir do Plano de Metas de 1955”, sugere. 

Para Nivalde Castro, o desenvolvimento de recurso humano especializado, com diferentes habilidades e qualificações é vetor importante dada a dimensão demográfica do país.

Com isso, no médio prazo as possibilidades do Brasil se tornar um grande exportador de hidrogênio para países com menor potencial de produção, como é o caso dos países da União Europeia, são muito grandes e precisam ser exploradas.

O Brasil apresenta todas as condições para mostrar seu protagonismo

Pelo que acompanhamos até aqui, fica fácil entender que muitos esforços estão sendo realizados, no Brasil e no mundo, para inserir o H2V em novos mercados para substituir o mercado de hidrogênio cinza, considerado altamente emissor de CO2. 

Neste contexto, Nivalde Castro acredita que novas oportunidades são vislumbradas e os países começam a se posicionar estrategicamente para nas futuras cadeias de valor do hidrogênio verde. 

No futuro próximo, este mercado dependerá não apenas das suas dotações de recursos, mas também do posicionamento atual nos mercados de hidrogênio e da relação econômica dos seus setores industriais com aplicações do H2V”. 

Neste novo mercado que está surgindo, o Brasil apresenta vantagens competitivas que precisam ser bem exploradas, como salienta o coordenador do GESEL.

Dada sua dimensão continental, seu sistema de redes de transmissão em alta tensão integrado em todo o território nacional, seu imenso potencial de energia eólica e solar, sua infraestrutura robusta de logística e portos, o Brasil tem tudo para se tornar um player importante neste novo mercado”.

Além disso, o país tem duas agências reguladoras – ANEEL e ANP – com autonomia e atentas às inovações regulatórias necessárias para dar viabilidade econômica e financeira para o desenvolvimento da cadeia produtiva do Hidrogênio Verde.

Aproveite este tema para conhecer um novo estudo desenvolvido pela FGV sobre pecuária de baixo carbono.

Como fazer a correção do solo? Veja estas 3 técnicas!

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Todo produtor rural sabe da importância do solo para sua atividade. É nele que o cultivo acontece e é ele que oferece os nutrientes necessários para o estabelecimento e o desenvolvimento da cultura.

No entanto, diante da grande variedade presente no território nacional, nossos solos são pobres em nutrientes, exigindo a necessidade de correção do solo.

Basicamente, a correção do solo é caracterizada pela intervenção humana que, por meio de diferentes técnicas, fazem com que esse solo tenha um reequilíbrio de seus nutrientes disponíveis para que as plantas possam se desenvolver com qualidade.

Correção do solo: Essencial para melhorar a produtividade agrícola

Por suas dimensões continentais, a composição dos solos presentes no Brasil é muito diversificada e orientada por muitos fatores edafoclimáticos que variam conforme a região.

O que ocorre é que, de forma geral, nossos solos possuem um pH muito baixo, que gera uma limitação na produção agrícola, sobretudo devido à toxicidade causada pela presença de Alumínio (Al), baixa disponibilidade de nutrientes e baixa saturação de bases. 

A solução para esse problema é a correção do solo. Para Fernando Hansel, gerente agronômico da Mosaic Fertilizantes, essa é uma prática necessária para manter os níveis férteis destes solos.

A correção do solo é um procedimento adotado antes do plantio com o objetivo de tornar o solo mais fértil, a partir da correção da acidez e do fornecimento de nutrientes para garantir o desenvolvimento saudável das plantas e, assim, garantir a boa produtividade”, explica.

No Brasil, os solos geralmente são ácidos

O gerente agronômico da Mosaic Fertilizantes explica ainda que a agricultura é uma atividade naturalmente acidificante do solo. “A adição de fertilizantes, resíduos orgânicos, e até mesmo a chuva, são responsáveis por este processo”, diz. 

Assim, com o tempo, há redução na disponibilidade de nutrientes nos solos, seja pela extração destes pelas culturas e não reposição ou por perdas ocasionadas por erosão e lixiviação, impactando o potencial produtivo das plantas. 

Além disso, a sucessão de safras e de culturas sem a correta manutenção da fertilidade química do solo gera um ciclo que retroalimenta a degradação, como explica Hansel: 

Um solo pobre em nutrientes gera plantas com baixo vigor e pouco produtivas. Consequentemente, elas não protegem o solo da ação das chuvas e proporcionam menor retorno econômico ao produtor, as chuvas lavam o solo e arrastam o pouco de nutrientes que lá estavam, reduzindo mais ainda a fertilidade e tornando a atividade insustentável”.  

Para evitar isso, a correção do solo deve ser feita para garantir o equilíbrio das características físico-químicas-biológicas da lavoura de acordo com análises previamente realizadas.

Nenhum produto deve ser aplicado em excesso ou em menor quantidade, do contrário, o produtor rural não obterá os melhores resultados na lavoura”, complementa Hansel.

Correção do solo

Análise química: Essencial para a correta correção do solo

Para saber se o solo necessita de correção há a necessidade de realizar uma análise química deste solo. Este é o mais eficiente procedimento para avaliar a sua fertilidade no perfil do solo. 

Com esta análise, são mensurados o excesso ou falta de nutrientes e o nível de acidez do solo. Também permite identificar a presença de substâncias tóxicas que podem inibir o desenvolvimento das plantas”, salienta Fernando Hansel.  

A partir desta análise, o produtor pode montar um diagnóstico para saber se é preciso ou não realizar algum tipo de correção do solo. 

Também oferece informações para analisar qual é o melhor manejo a ser adotado, quais produtos devem ser aplicados e em que quantidade.  

Neste contexto, Nitrogênio, Fósforo e Potássio são os macronutrientes que as plantas mais necessitam para um crescimento saudável. Mas quando há um aprofundamento, Hensel diz que é fácil entender as necessidades das culturas englobam além destes macronutrientes primários. 

Segundo o gerente agronômico da Mosaic Fertilizantes há outros elementos que também devem ser considerados. 

Enxofre, Cálcio e Magnésio (Macronutrientes Secundários) e mesmo Zinco, Boro, Cobre, Manganês, Cloro, Ferro, Molibdênio e Níquel (Micronutrientes) precisam estar disponíveis no solo para que as plantas os absorvam e se desenvolvam de forma adequada, expressando o seu potencial genético como produtividade”.

3 tipos de correção do solo

O principal objetivo da correção do solo é corrigir sua acidez e, consequentemente, aumentar a disponibilização de nutrientes e precipitação do alumínio trocável do solo.

Para isso, além da calagem, que é a técnica mais comum para correção do solo, Fernando Hansel ressalta que existem outras recomendações importantes, como a fosfatagem e a gessagem.

Conheça mais sobre estes tipos de correções do solo a seguir.

1. Calagem:  

Esse tipo de correção é caracterizado pela aplicação de calcário para elevar o pH do solo, neutralizando o alumínio, considerado tóxico para o desenvolvimento das raízes, e aumentando a disponibilidade de nutrientes para absorção pelas plantas, garantindo seu bom desenvolvimento. 

Devido a necessidade de maior tempo para o calcário reagir no solo é recomendável que este procedimento seja feito na pré-safra, garantindo que seu efeito seja positivo para a cultura.

A calagem também contribui para o aumento do estoque no solo de nutrientes essenciais para as plantas. 

2 . Gessagem: 

A gessagem é a aplicação do gesso agrícola na terra para melhorar seu ambiente radicular. 

Seu uso promove a redução na atividade do alumínio tóxico ao mesmo tempo em que aumenta o teor de cálcio em camadas mais profundas do solo. Com isso, cria-se um ambiente favorável para o crescimento do sistema radicular, condição que permite à planta maior tolerância aos veranicos (estiagem) e às secas. 

Segundo Hansel, a gessagem deve ser feita após a calagem. “O objetivo da gessagem é o de melhorar a absorção de água e nutrientes por meio das raízes”. 

3. Fosfatagem: 

Essa técnica é responsável pela adição de fósforo ao solo, considerado o nutriente mais limitante em áreas agrícolas tropicais. 

Segundo Fernando Hansel, a fosfatagem é recomendada principalmente em solos em início de atividade agrícola, resultando em aumento dos teores de fósforo no solo. 

A prática contribui para melhorar a eficiência da fertilização fosfatada, estabelecimento radicular e garante maior acesso a água e nutrientes, resistência à pragas e doenças, tornando a cultura mais produtiva”, complementa.

Diante disso, fica evidente a importância das técnicas de correção de solo para maior produtividade da agricultura. Mas para o sucesso dessas técnicas é imprescindível investir na análise do solo e correta aplicação dos nutrientes necessários.

Aproveite este tema para conhecer a nova técnica desenvolvida pela Embrapa Rondônia que potencializa o uso de biocarvão como fertilizante agrícola