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Cooperativas podem ajudar na formação de profissionais no agro?

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Comuns entre produtores rurais, as cooperativas estão, cada vez mais, se tornando decisivas para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Essa forma de sociedade objetiva fornecer uma solução muito mais integrada para seus cooperados, englobando a oferta de insumos, equipamentos e serviços diferenciados.

Comuns entre produtores rurais, as cooperativas estão, cada vez mais, se tornando decisivas para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Essa forma de sociedade objetiva fornecer uma solução muito mais integrada para seus cooperados, englobando a oferta de insumos, equipamentos e serviços diferenciados. Mas além disso tudo, o diretor da MundoCoop, Douglas Ferreira, ressalta que as cooperativas possuem uma visão mais humanista, valorizando o indivíduo e servindo de degrau para a transformação social do homem no campo e até nas cidades. “Por meio da cooperativa, é possível que o pequeno e médio cheguem ao mesmo nível do grande produtor”, resume.

Dessa forma, é consenso que as cooperativas contribuem de forma significativa com a evolução dos profissionais do setor, proporcionando maior capacitação e eficiência.

Cooperativismo: priorizando a capacitação profissional

O principal benefício da existência das cooperativas agrícolas é dar maior apoio e respaldo à atuação dos trabalhadores rurais associados, especialmente para os pequenos e médios produtores, possibilitando produções mais eficientes e competitivas.

O cooperativismo tem trabalhado muito para atingir esse propósito, ajudando os cooperados a aumentar a produtividade, reduzir custos e otimizar recursos com a adoção de novas tecnologias e inovações”, explica Ferreira.

E a busca por capacitação profissional é parte importante nesse processo. Para o diretor da MundoCoop, está no DNA das cooperativas apoiar ou patrocinar algum tipo de projeto educacional, ambiental, social ou esportivo.

As cooperativas têm o propósito de gerar um efeito positivo em cadeia, com crescimento econômico das localidades onde estão instaladas, beneficiando todos a sua volta”.

Ferreira ainda ressalta que “educação”, “formação” e “informação”, são princípios básicos do cooperativismo, por isso, segundo ele, as cooperativas promovem a capacitação para que seus membros e trabalhadores possam contribuir para o desenvolvimento dos negócios e, consequentemente, dos lugares onde estão presentes.

Todo esse conhecimento contribui para que o agricultor produza mais, com mais qualidade e produtividade e, assim, gere mais resultados, melhorando as condições de vida da família e somando contribuições à economia de sua comunidade”, ressalta.

Por que cooperativas devem capacitar cooperados?

Vimos que as cooperativas têm papel de protagonista na capacitação profissional de seus associados. Mas qual a razão dessa capacitação? Por que fazer? A resposta é relativamente simples e tem relação direta com o atual contexto da agricultura mundial.

Segundo Ferreira, as margens de lucro estão cada vez mais apertadas por unidade de produto, por isso a renda do produtor depende de escala em praticamente todos os produtos com que o Brasil trabalha.

Além disso, ele ressalta que o avanço tecnológico, via startups, universidades e centros de pesquisa, está gerando tecnologias disruptivas capazes de produzir resultados importantes.

Mas, segundo o diretor do MundoCoop tais avanços somente são incorporados pelos grandes produtores que tem equipe técnica para buscar as informações, traduzi-las para ações concretas e aplicá-las na atividade rural, ou seja, médios e pequenos produtores, por vezes, não têm acesso a essas informações.

Tal fato pode gerar um abismo entre pequenos, médios e grandes produtores, com a solução estando na atuação das cooperativas. “É aí que entra o cooperativismo, onde a união de muitos gera novos saltos de produtividade no campo, consequentemente, de melhoria de renda e bem-estar das famílias rurais”, opina Ferreira.

A capacitação está trazendo o jovem de volta ao campo

Um dos grandes desafios do agronegócio brasileiro é contornar a evasão do campo, com consequente dificuldade de manter o jovem fixado na propriedade rural. “Falta de renda, falta de diálogo com os pais, falta de reconhecimento da família, ilusão das facilidades urbanas repassadas pela mídia, falta de tecnologia e infraestrutura nas propriedades são as principais causas da saída do jovem do campo, sendo esse é o grande desafio do setor”, explica Ferreira.

Mas, apesar desse grande desafio, o diretor do MundoCoop vê uma mudança de padrão com participação e protagonismo das cooperativas. “Vejo atualmente uma mudança de padrão. Os jovens estão voltando ao campo trazendo novos conceitos adquiridos nas grandes cidades e dentro do cooperativismo tendem a ter mais sucesso, porque estão inseridos em um sistema que tem por princípio a união de vários para um bem comum e isso, com certeza, é um grande incentivo para esses jovens”.

Por se tratar de um universo muito amplo, com diferenças de idade e diferentes classes sociais, as cooperativas trabalham muito forte com a capacitação de seus integrantes oferecendo diversos cursos nas mais variadas áreas de atuação, algumas escolas e cursos à distância foram preparadas para levar conhecimentos aos cooperados.

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