Um dos segredos da produção em diversas culturas é o equilíbrio de água. Por isso, é importante que os projetos de irrigação priorizem o uso racional da água, evitando a falta ou excesso, pois ambos podem causar impactos.
Sabendo disso, uma pergunta bastante recorrente entre os agricultores que necessitam de oferta artificial de água para a sua lavoura, relaciona-se com a escolha do melhor método de irrigação. Então, listamos abaixo os principais.
Irrigação superficial: sistema a água conduzida para o ponto de infiltração por meio da superfície do solo. Muito utilizado no sul do Brasil e na produção de arroz;
Irrigação localizada: a água é aplicada exatamente na área ocupada pelas raízes das plantas, formando um círculo molhado ou faixa úmida. Tal técnica é uma das mais utilizadas atualmente, sendo muito aplicada na produção de frutas. Os sistemas de irrigação localizada são a microaspersão e o gotejamento.
Irrigação por aspersão: esse sistema é praticamente uma chuva, porém artificial. Nele um aspersor expele água para o ar, que por resistência aerodinâmica se transformam em pequenas cotículas de água que caem sobre o solo e plantas. É bastante utilizado em grandes lavouras. Seus principais sistemas são a convencional, o pivô-central e o auto-propelido.
Como escolher o melhor método de irrigação?
Nessa hora, o produtor precisa escolher por aqueles mais eficientes seguindo suas necessidades, evitando perdas de água. “Certamente um bom manejo da irrigação é prioridade, visto que essa condição deverá gerar economia de água sem perda de produção” sugere Uri Goldstein, diretor comercial da Agrosmart e especialista em irrigação.
Todos os métodos são bons se forem respeitados seus limites. Para cada cultivo diferente, sempre existirá o método mais adequado.
O mais importante é não ultrapassar os limites de custo/benefício do sistema sem esquecer dos custos operacionais e gastos com energia elétrica de cada método.
Calculando a medida certa de irrigação
A primeira coisa que todo agricultor precisa estar ciente é que irrigação é totalmente diferente de molhação.
Irrigação é considerada uma técnica de oferecer água à planta, já a molhação é só um artifício pragmático usado para fornecimento de água para as plantas, ocorrendo sem rigor técnico ou científico, sem garantia de uniformidade e sem segurança sobre a necessidade da quantidade de aplicação.
Assim, para dimensionar o sistema de irrigação ou até mesmo definir o melhor método a ser utilizado, é importante que o produtor tenha informações mais precisas relacionadas as características físico-hídricas dos solos, a demanda climática histórica dos locais, o relevo das áreas em questão, a disponibilidade e qualificação da mão de obra disponível e também relacionada a qualidade da água a ser utilizada.
A procura por orientação técnica específica possibilitará melhor dimensionamento do sistema de irrigação, que deverá ter a capacidade real de suprir a cultura no período de maior demanda.
“Medimos em tempo real a umidade do solo, a evapotranspiração da planta e a chuva que foi aproveitada por ela. E assim conseguimos orientar o produtor qual a quantidade adequada (mínima) de água para aquela parte da plantação sem afetar a produtividade”, conta Goldstein.
Vale lembrar que as características citadas por Uri são consideradas as mais importantes no planejamento da irrigação, e finaliza: "o planejamento sempre será a chave de sucesso para a crise hídrica e a irrigação sustentável, portanto devemos prioriza-lo.”
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