Em geral, o retorno do investimento na produção de biogás é de médio prazo. Porém, esse retorno dependerá de uma boa estruturação do projeto e das tecnologias escolhidas.
Segundo o engenheiro de energia e diretor de negócios da Sebigás-Cótica, Lorenzo Pianigiani, o modelo de negócio da usina de biogás destinado à produção de biometano e consumo na própria frota é o projeto que gera um retorno mais rápido, principalmente quando comparado a modelos de negócio para geração de biometano ou energia elétrica, que terão sua venda no grid ou na rede.
Mas, independentemente disso, ele ressalta que o fato de você estar aproveitando um resíduo como "combustível" da usina de biodigestão é sem dúvida a grande oportunidade que permite ter retornos interessantes.
Pianigiani entende que a união da tecnologia de ponta com modelo de negócio é que faz o biogás ser um negócio viável no Brasil. Segundo ele, o trabalho se inicia por entender a viabilidade técnica e econômica do projeto, tendo domínio de cada etapa do processo.
Neste sentido, ele diz existir um potencial enorme no país para esse negócio. “O biogás tem tudo para ser uma fonte de energia renovável firme na matriz brasileira, tendo destaque similar ao da energia solar e eólica”.
Porém, para chegar ao sucesso, temos o desafio de aumentar a conversão de frota de veículos, ou seja, precisamos quebrar o paradigma da substituição do diesel pelo biometano.
Mas já há boas notícias e isso tende a mudar rapidamente, visto que caminhões saídos de fábrica com motor a biometano já devem iniciar sua produção em outubro. Certamente será um incentivo importante para o biogás.
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