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Criação de Garrotes: dicas e cuidados que você deve tomar

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A pecuária brasileira tem um destaque bastante grande no ranking mundial, especificamente na criação de gado, que contabiliza cerca de 224,6 milhões de cabeças de bovinos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Dentro do segmento, a pecuária de corte se destaca. Este segmento representou 10,5% do PIB nacional em 2021, com um faturamento de R$ 243,18 bilhões. 

Mas, diante desses números, todas as etapas da criação são essenciais, caso da criação de garrote. Mesmo importante para a pecuária, a criação de garrotes ainda gera muitas dúvidas, mas essa é uma categoria que possui grande importância na fase de recria da pecuária de corte brasileira.

Com base nestas muitas dúvidas, elaboramos este material. Nele, você saberá tudo sobre a criação do garrote na pecuária de corte, desde as características dessa categoria até às dicas e cuidados para o sucesso do sistema pecuário. Confira o que você encontra em nosso e-book gratuito:

  • O que são garrotes? 
  • Garrote e Bezerro: filhos de gado, mas com significados diferentes 
  • Principais cuidados na criação de garrotes
    • Alimentação;
    • Controle sanitário;
    • Castração;
    • Reprodução; e
    • Bem-estar.

Clique em “Baixar” e faça o download gratuito do Guia de Criação de Garrotes!

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Conheça a importância do calendário de semeadura da soja

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No último mês de julho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 840. Essa é a portaria que estabelece o calendário de semeadura da soja referente à safra 2023/24, para serem seguidos por 21 unidades da Federação. 

De grande importância para a segurança agrícola, o calendário de semeadura é uma medida sanitária que visa complementar o período de vazio sanitário. 

Seu objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da ferrugem asiática da soja, tornando a cultura mais sustentável e segura.

Veja então o que é o calendário de semeadura para a cultura da soja, assim como sua importância para o sucesso da cultura.

Medida fitossanitária para complementar o período de vazio sanitário

Apresentado de forma anual pelo Ministério da Agricultura, o calendário de semeadura é uma das medidas fitossanitárias que são adotadas para complementar o vazio sanitário. 

Quando seguido, o calendário ajuda a reduzir a presença do inóculo da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura. 

Essa é uma medida implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) que visa racionalizar o número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas para seu controle.

Em relação aos períodos dos calendários estabelecidos na safra anterior, as alterações para a safra 2023/24 levaram em consideração a análise dos dados relativos ao levantamento do Consórcio Antiferrugem.

Esse consórcio detectou expressivo aumento nos relatos da ferrugem asiática da soja na safra 2022/23, em função do regime de chuvas ocorrido à época, conforme dados divulgados pela Embrapa Soja.

Como parte das estratégias de manejo dessa praga, visando minimizar eventuais prejuízos aos sojicultores e aos demais atores envolvidos na cadeia produtiva da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária adotou um período limitado de 100 dias corridos para os calendários de semeadura em todos os estados produtores de soja, conforme recomendação da Embrapa.

Ou seja, o grande propósito do calendário é evitar epidemias severas da doença durante a safra.

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Por que seguir o calendário de semeadura é tão importante?

Segundo o Mapa, o calendário de semeadura da soja é uma medida fitossanitária que visa maior racionalização do número de aplicações de fungicidas e a consequente redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi - causador da Ferrugem Asiática da Soja - aos fungicidas utilizados no seu controle. 

A medida adotada para reduzir ao máximo possível o inóculo da doença é o Vazio Sanitário. 

O vazio é definido como um período contínuo de pelo menos 90 dias durante o qual não se pode semear ou manter plantas vivas de uma espécie vegetal em uma determinada área, visando a redução do inóculo de doenças ou população de uma determinada praga”, indica o Mapa. 

Assim, o calendário de semeadura é estabelecido pelo MAPA para cada safra após o cumprimento do período de vazio sanitário no ano corrente em cada unidade da federação. 

Importante destacar também que a Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. 

Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos são variáveis, podendo ser de 10% a até 90% da produção.

Ótima estratégia de manejo da Ferrugem Asiática da Soja

Devido ao seu potencial de causar sérios danos à atividade, o manejo da Ferrugem Asiática da Soja envolve uma série de medidas que, se adotadas em conjunto, contribuem para a sustentabilidade da cadeia como um todo. 

Uma dessas medidas é, sem dúvidas, o seguimento do calendário de semeadura. Ele visa estabelecer uma sincronização das datas de início e fim do plantio de soja em uma determinada região, desde que tenham sido obedecidos os períodos de vazio sanitário estabelecidos antes do início da safra.

Quando esse período é respeitado, o Mapa destaca que alguns benefícios são obtidos pelo agricultor, tais como: 

  • Tendência de se reduzir a quantidade de aplicação de fungicidas para o controle da doença, beneficiando o meio ambiente e a saúde das pessoas; 
  • Evita o desenvolvimento de resistência da praga;
  • Reduz a perda de eficiência de defensivos químicos, o que obriga as empresas a investirem no desenvolvimento de novas moléculas. 

Tudo isso, em conjunto, impacta diretamente os custos de produção da soja e na rentabilidade dos produtores”, destaca o Mapa.

Saiba mais sobre o calendário de semeadura da soja para a safra 2023/24

Importante destacar que as propostas de calendário em cada estado devem ser encaminhadas à coordenação nacional do Programa Nacional de Controle da Ferrugem-asiática da Soja – Phakopsora pachyrhizi (PNCFS) até o dia 31 de dezembro de cada ano.

Para a safra 2023-2024 o calendário de semeadura faz recomendações para 20 estados e para o Distrito Federal. Ele foi estabelecido por meio da Portaria SDA nº 840 de 07 de julho de 2023. 

Na safra 2023/24, o calendário de semeadura é o seguinte:

Dessa forma, para a ferrugem asiática da soja, que pode comprometer severamente a produtividade da soja, todo cuidado é pouco. Por isso, siga rigorosamente o calendário de semeadura da soja e melhore a eficiência e a produtividade da sua cultura.

Confira este artigo exclusivo da Agrishow Digital e saiba mais sobre as medidas de prevenção da ferrugem asiática da soja nas lavouras

Pescador: saiba se você tem direito aos R$ 208,5 bi do Plano Safra 2023/24!

Article-Pescador: saiba se você tem direito aos R$ 208,5 bi do Plano Safra 2023/24!

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A pesca e a aquicultura são atividades de grande relevância para o Brasil. Elas contribuem para a segurança alimentar, a geração de emprego e renda, a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento regional.

E toda essa relevância pode ser vista em números. Segundo dados de 2022 da PeixeBR, a produção brasileira de peixe de cultivo chegou a 860.355 toneladas. Esse número representa aumento de 2,3% sobre as 841.005 toneladas produzidas em 2021.

Para 2023, as expectativas são também muito boas, principalmente porque a pesca e a aquicultura também têm direito a acessar até R$ 208,5 bilhões ofertados pelo governo federal via Plano Safra 2023/24.

Alto potencial, mas com alguns desafios

Por condições territoriais, o Brasil apresenta todas as condições favoráveis tanto para a atividade pesqueira quanto para a aquicultura. Nosso país possui uma costa marítima de 8.500 km e 12% da água doce disponível no planeta, fatores que estimulam essa atividade.

Porém, mesmo com as muitas possibilidades, ainda é preciso superar barreiras e investir cada vez mais em conhecimento e pesquisa para tornar nosso país uma potência aquícola.

Outro entrave que desampara o desenvolvimento da aquicultura no Brasil é a dificuldade de obtenção de licenças ambientais, devido ao alto grau de exigências técnicas, por vezes desconhecidas pelos produtores.

 A captação de investimentos para o desenvolvimento da pesca e aquicultura é outro entrave, dificultando o uso sustentável dos cultivos, com priorização dos sistemas de baixa demanda hídrica, como recirculação (RAS) e bioflocos, além da maior produção aquícola em águas da união por meio do uso de tanques-rede. 

Mas, você sabia que para superar esses desafios, a pesca e a aquicultura também podem acessar programas e modalidades de crédito oferecidos no Plano Safra 2023/24? Veja mais sobre isso a seguir!

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Plano Safra também atende a pesca e a aquicultura

Apresentado em junho a produtores e empresas do agronegócio, o Plano Safra 2023/24 apresentou recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões, que vão apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. 

O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores). 

No entanto, o plano não apresentou nenhuma linha específica para empresas que atuam na área da pesca e da aquicultura, nem para pescadores artesanais.

Mas o Ministério da Pesca e Aquicultura informou que tanto pescadores quanto aquicultores têm direito a acessar até R$ 208,5 bilhões ofertados pelo governo federal para as atividades empresarial e familiar no Plano Safra 2023/24. 

Essas linhas são as mesmas que podem ser captadas por produtores de aves, suínos, bovinos, soja, milho, dentre outras atividades contempladas no plano.

Assim, segundo a pasta, as empresas que atuam no segmento terão acesso a este montante disponível em vários programas e modalidades de crédito. 

Para o setor, há linhas voltadas à compra de equipamentos, como o Moderfrota, até o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), voltado para pequenos produtores.

Assim, os recursos que podem ser acessados para uso da pesca e aquicultura estão disponíveis em algumas grandes rubricas:

  • Plano Safra administrado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – estão disponíveis R$ 83,08 bilhões;
  • Pronaf, administrado pelo MDA – estão disponibilizados outros R$ 71,6 bilhões;
  • Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) - R$ 34,61 bilhões;
  • Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) - R$ 10 bilhões; e mais
  • Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) - R$ 9,5 bilhões.

Temos um grande trabalho pela frente para facilitar o acesso do nosso público aos recursos disponíveis”, explica André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura. 

Os pescadores, sobretudo artesanais, e aquicultores encontram muitos entraves na operação financeira e precisamos ajudá-los a vencer”, completa o ministro em nota.

Como captar esses recursos?

Assim como ocorre com qualquer outra atividade agropecuária, os recursos destinados a pescadores e aquicultores podem ser acessados com intermédio de instituições financeiras, caso do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, BASA ou Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Após a escolha da instituição financeira, você deve consultar um especialista para elaboração do seu projeto técnico para obter seu crédito rural. 

Neste projeto, serão citados todos os detalhes que explicam como o recurso será gasto. O nível de exigência de documentações que devem ser apresentadas varia entre cada instituição bancária.

Portanto, mesmo não existindo uma linha específica, pescadores e aquicultores têm algumas opções bastante interessantes que podem ajudá-los a investir no seu negócio. Vale a pena conhecer!

Saiba mais sobre o Plano Safra 2023/24: Clique aqui e conheça 7 das principais novidades sobre este programa do governo para a próxima safra. 

Azeite: Conheça o “novo ouro” da Serra da Mantiqueira

Article-Azeite: Conheça o “novo ouro” da Serra da Mantiqueira

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O azeite de oliva é um produto adorado por muitos brasileiros. Mas você sabia que até o ano de 2010 o Brasil não produzia azeite? Exatamente por isso, somos um dos maiores importadores do mundo, respondendo por 8% do mercado, atrás apenas dos EUA e da União Europeia.

Mas, pouco mais de dez anos após o lançamento comercial do primeiro extravirgem nacional, o país tem rapidamente evoluído e feito bonito nos principais concursos internacionais.

Boa parte dessa evolução qualitativa do azeite brasileiro vem ocorrendo na região da Serra da Mantiqueira, especificamente com o Azeite Sabiá, produzido em Santo Antônio do Pinhal (SP) e de propriedade da jornalista Bia Pereira e do empresário Bob Costa.

Confira detalhes gerais sobre o azeite brasileiro e veja porque o Azeite Sabiá vem adquirindo o título de “novo ouro” da Serra da Mantiqueira e do Brasil.

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Azeite no Brasil: pequeno gigante que começa a fazer barulho

Mundialmente famosos, os azeites produzidos no Mediterrâneo (Espanha, Itália, Tunísia, Grécia e Turquia) carregam tradição com a produção de excelentes produtos para a indústria.

Mas, nos últimos anos, um pequeno gigante começa a despontar a ponto de chamar a atenção do mundo: o Brasil!

O esforço de profissionais qualificados na produção de azeite tem na geografia do Brasil um dos grandes desafios. No mundo, cerca de 95% do azeite produzido estão na região mediterrânea, local natural para o crescimento das oliveiras.

Mesmo com uma produção ainda limitada e inferior ao volume dos grandes produtores ao redor do mundo, os azeites extravirgens brasileiros têm despontado nos principais concursos internacionais da categoria.

Segundo Bob Costa, a maior região produtora do país é o Rio Grande do Sul, que saiu de 58 mil litros de azeite de oliva, em 2018, para o recorde de 448,5 mil em 2022, conforme dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr/RS). 

O estado é o responsável por 70% da produção do país”, destaca o empresário. 

Mas, na Serra da Mantiqueira, localizada nos estados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, a produção vem crescendo tanto em quantidade quanto em qualidade. O Espírito Santo também começou a produzir.

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Destaque para o azeite produzido na Serra da Mantiqueira

Um fator que tem contribuído para colocar o Brasil entre os principais produtores mundiais em termos de qualidade é certamente o Azeite Sabiá, criado por Bia Pereira e Bob Costa em 2014. 

Na época, os dois se apaixonaram pelo universo da olivicultura e resolveram se aprofundar sobre a história e o cultivo desse que é um dos produtos mais antigos da humanidade.

Fomos atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas, tudo para alcançar a mais alta qualidade possível na produção do azeite”, explica Bob Costa.

Bob destaca que as duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. “Dali em diante, nunca mais paramos de buscar a especialização”. 

Hoje, com apenas quatro safras comercializadas, o Azeite Sabiá já acumulou setenta prêmios internacionais. 

Em março de 2023, nosso azeite foi ranqueado, pelo segundo ano consecutivo, entre os 10 Melhores Azeites do Mundo no prêmio espanhol EVOOLEUM Awards, um dos mais respeitados concursos da olivicultura”, comemora Bia Pereira.

Certamente esse é um feito raríssimo e inédito para um azeite brasileiro.

O controle de qualidade do Azeite Sabiá

Para um azeite de qualidade, o tempo entre a colheita e o processamento do fruto são imprescindíveis. 

Assim, para garantir todos os parâmetros de qualidade de um produto super premium (fresco, aromático e com notas de amargor e picância), o azeite Sabiá conta com uma equipe multidisciplinar para a execução das melhores práticas, desde o plantio, passando pela poda, até a colheita, armazenamento e processamento. 

No pomar das fazendas, a colheita dos frutos ocorre com eles ainda verdes e no estágio inicial de maturação - com o maior teor de substâncias benéficas à saúde. 

Isso é realizado apenas uma vez por ano, entre janeiro e março e de forma manual, que é a melhor forma para garantir que os frutos não sejam machucados e cheguem inteiros à área de processamento”, complementa Bob Costa. 

Do pomar ao lagar, que é o coração da fazenda e local de extração do azeite, os frutos são transportados em caminhões refrigerados para evitar a oxidação. 

Ali, elas são armazenadas em temperatura controlada e, em no máximo 4 horas após a colheita, são processados na Mori-Tem, máquina italiana de última geração que extrai o azeite com toda a temperatura controlada e com um moedor que corta as azeitonas ao invés de esmagá-las como os demais. 

Segundo o empresário, o papel do mestre lagareiro também é fundamental para a extração de um bom azeite, já que este profissional acompanha todas as etapas do processamento, da colheita ao envase. 

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Excelente oportunidade para o turismo rural

Nos países do mediterrâneo, as fazendas de oliva vão além de produzir bons azeites. Elas são também uma oportunidade de geração de renda via turismo rural.

Já no Brasil, as fazendas do sul ou da Serra da Mantiqueira também representam uma ótima oportunidade para o turismo rural. 

Visitar uma plantação de oliveiras, falar sobre o cultivo, sobre o desenvolvimento do fruto, sobre os 8 mil anos de história do azeite no mundo é muito interessante. A oliva é símbolo da paz e prosperidade e está presente em todas as religiões. Portanto, é uma experiência inesquecível”, indica Boa Pereira. 

Além disso, na fazenda que produz o Azeite Sabiá, todo o processo de extração é mostrado. Logo depois o visitante é levado a degustar um azeite fresco e outro de supermercado, permitindo a comparação. 

Assim, para a jornalista e criadora do Azeite Sabiá, o turismo rural é fundamental para o azeite brasileiro. “Produzimos um azeite premium, fresco, diferente de todos os importados que estamos acostumados, já que não há a necessidade de atravessar o Atlântico”. 

O azeite extravirgem premium, como o produzido na Serra da Mantiqueira, é um produto novo, reforçando que o azeite é o melhor produto para a nossa saúde e quanto mais fresco, melhor.

Nossa missão é mostrar para os brasileiros que o melhor azeite não é o importado, mas sim o extra virgem premium, fresco, produzido no nosso país”, finalizam os fundadores do Azeite Sabiá.

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Desenvolvimento de novas tecnologias para a agricultura | Agrishow Conecta

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A tecnologia é um dos pontos chave para obter rentabilidade na agricultura.  

Dessa forma, ter acesso a mais dados e ferramentas tecnológicas, pode auxiliar, por exemplo, no salto de produção dentro de um mesmo tamanho de área já plantado anteriormente.  

Entrevistamos Cristiano Pontelli, especialista em novas tecnologias da Jacto, que deu detalhes sobre o funcionamento da agricultura de precisão e desmistificou a questão de a tecnologia ser apenas para grandes produtores.  

Você, Pequeno ou médio produtor, também deve buscar quais tecnologias o mercado disponibiliza. Quer entender melhor como fazer isso e descobrir o futuro das máquinas? Assista ao Agrishow Conecta desta semana!   

Aperte o play para conferir a entrevista completa e inscreva-se no canal para acompanhar todos os vídeos do Agrishow Conecta! 

Você conhece as mudas pré-botadas de cana-de-açúcar?

Article-Você conhece as mudas pré-botadas de cana-de-açúcar?

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A cana-de-açúcar tem sua origem na Nova Guiné há mais de 10.000 a.C e através dos séculos foi se espalhando por todo mundo. O principal fato da sua rápida disseminação foi a existência de um vegetal que "dava mel" sem precisar de abelhas.

Quando se pensa em produtos da cana-de-açúcar, seguramente lembramos do açúcar e do álcool. O açúcar está em quase tudo o que consumimos. O álcool, é um dos biocombustíveis mais importantes que existem, o etanol e sustentável, diminui a poluição e ajuda no combate ao aquecimento global. Isso porque é renovável, protege os solos, gera empregos e investimentos, entre outros benefícios. Além de ainda poder se transformar em energias limpas e renováveis e até produtos biodegradáveis.

Quais são os benefícios do consumo de cana-de-açúcar?

  • Ajuda a retardar o envelhecimento;
  • Melhora o rendimento e a recuperação de quem pratica atividade física;
  • Colabora na prevenção da anemia;
  • Ajuda a regular o metabolismo.

Mudas pré-botadas: redução de custos no plantio

O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do planeta, líder com mais de 8 milhões de hectares cultivados. O estado de São Paulo continua sendo o maior estado produtor, correspondendo a 55% da produção do país.

E é lá que encontramos o trabalho da Citrosol, na cidade de Mendonça, um conceituado viveiro de mudas, da produtora rural e administradora Carina Ayres, que nos apresenta o post da série de hoje.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by Andressa Biata (@abiata)

"Nossa mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar são sinônimo de redução do custo no plantio, e ainda primam pela qualidade genética, vigor e sanidade, características asseguradas por materiais genético e vegetal próprios, oriundos de nossas matrizes que são certificadas. Nós usamos muita mão de obra de mulheres, com sensibilidade, carinho na realização, pois falamos de plantas, falamos de vida!" conta Carina, orgulhosa do primoroso trabalho que realizam em equipe.

Gostou desse material? Aproveite para ler o último conteúdo da série "Pé de Quê?", sobre sustentabilidade e abacates!

Andressa Biata é pecuarista, empresária rural e embaixadora digital da Agrishow. Publicitária de formação, trocou a vida na cidade pela diversidade do campo, compartilhando sua jornada nas redes sociais. Nos quadros “Pé de Quê?” e “Pecuária de Raça”, Andressa explora a origem e os potenciais da agropecuária nacional, valorizando a atuação de mulheres no impulsionamento do agronegócio no país. Instagram: @abiata

Fonte: Agricultura SP, UDOP, Viver Bem e Croplife

Crise na pecuária bovina: existe um culpado?

Article-Crise na pecuária bovina: existe um culpado?

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A pecuária está ruim para você? Você vive reclamando pelos cantos? Com todo o respeito e carinho que tenho por você, que é produtor de uma atividade bem complexa, deixa eu lhe contar uma coisa: “A gente não controla o mercado; a gente controla aquilo que está sob a nossa responsabilidade”.

E se você é do tipo que vive à base de elogios e não admite os próprios erros para melhorar e avançar, pare de ler este artigo agora, porque ele não é para você. Este texto é para quem quer sofrer menos e resultar mais.

A dura realidade é que cada um tem a vida e o negócio que merece. Assim como a lei da semeadura, cada um só colhe exatamente o que planta. Se a pecuária está ruim para você, a culpa é sua e demais ninguém. Desculpe-me pela franqueza, mas a culpa é sua, por mais que doa em você ler isso, e por mais que doa em minha alma ter que escrever isso.

A culpa não é do mercado, não é do governo passado, não é do atual governo, não é do vizinho. A culpa, definitivamente, é só sua e, se você tiver coragem e interesse de mudar o seu cenário negativo, continue aqui comigo, até o fim deste artigo, para você entender o porquê de sermos culpados por tudo o que nos acontece.

Você pode até se vitimizar dizendo que está trabalhando feito um doido(a), de domingo a domingo, e é muito provável que realmente esteja fazendo isso. A pergunta é: “Você está trabalhando do jeito certo?”. Porque se não estiver, você vai morrer de trabalhar e nada vai melhorar.

Outra pergunta: “Você anota as suas métricas, você faz diagnóstico de pastagem, você faz adubação de pastagem, você faz análise de solo, usa algum aplicativo de gestão, você pesa seu animal com regularidade, você sabe exatamente o ganho ou perda de peso dele ou vive dando chutes e se surpreendendo depois? Você consegue se antecipar às possíveis doenças bovinas e faz um diagnóstico precoce ou só percebe depois que tudo foi para o brejo?”. Pense nisso tudo e responda, com fraqueza, se você vem gerindo a sua fazenda da maneira correta.

Muitas pessoas crescem ainda mais na crise, enquanto outras só ficam lamentando. Tem pecuarista que cresce mesmo em tempos difíceis porque planta na crise, ou seja, cuida do negócio como tem que cuidar antes, durante e depois da crise, e colhe prosperidade mais para frente, enquanto outros colhem amargura por não terem se organizado.

É fato, por exemplo, que a maioria dos pecuaristas não se prepara para o período da seca. Deixa correr frouxo e depois fica sem o alimento barato, que é o pasto, tornando-se refém dos altos custos dos grãos. Nesse caso, a culpa é do clima ou é de quem não se preparou com antecedência para enfrentar o período seco? Com o conhecimento certo em mãos é possível, pasme, ter pasto bom o ano inteirinho.

Quem se profissionaliza, se prepara, enfrenta bem a crise e ressurge ainda mais forte no período de abundância. Só pecuarista profissional passa de boa pela crise, porque cuidou bem da pastagem, da equipe e do bem-estar e da saúde animal muito antes, mas muito antes, para aguentar o tranco.

O amador só reclama o ano inteiro, porque é só o que sabe fazer. O amador sempre precisa arrumar um culpado para sua própria incompetência. E quem se junta para reclamar com ele, quem se contamina e espalha lamúria, é tão incompetente quanto. Fazer dinheiro quando a pecuária está em alta é fácil até para uma criança. É coisa de menino e de menina.

Homens e mulheres de verdade não reclamam, trabalham do jeito certo em todos os ciclos e se mantêm em pé quando a coisa aperta. Pode até balançar, mas não cai. Crise é para gente grande no sentido profissional, pois o mercado não exige que você seja grande em tamanho. Pelo contrário, você pode ser pequeno e, ainda assim, muito profissional. O que o mercado não tolera é gente amadora.

As pessoas perdem tempo com políticos de estimação, em vez de usarem melhor o seu tempo aprendendo e aplicando algo novo, ou edificante, que vai trazer algum resultado positivo e efetivo no próprio negócio ou carreira. Não existem salvadores da pátria. Existiu só Cristo, há mais de 2 mil anos. O restante, em sua maioria, só usa o povo em benefício próprio.

No fim, é você com você mesmo na hora que a coisa fica feia. É por isso que é importante buscar conhecimento, mas, atenção, porque conhecimento é poder somente quando aplicado. A prática faz a diferença. Não adianta fazer inúmeros cursos, assisti-los como se fossem série de TV, e não aplicar nada. Tudo continuará igual.

Conhecimento é poder e prosperidade somente na prática. Quem aprende e aplica, sai na frente. E, repito, pode até balançar na crise, mas não cai, mesmo com a arroba do boi lá embaixo e sofrendo pressão por parte dos frigoríficos. Quem se planeja, cuida do rebanho do jeito certo, garante uma pastagem saudável, tem mais poder de fogo no mercado para comprar e vender na hora certa e não em momentos de desespero.

Pegou essa semente de reflexão? Agora, plante. Sabe por quê? Porque todo pecuarista tem que ser um agricultor antes de ser pecuarista, seja para cuidar bem da pastagem como uma cultura, ou seja para plantar a gestão certa e colher resultados seguros no futuro.

Pare de procurar ou perguntar quem é o culpado. E a pergunta que você deve fazer é uma só: “Onde estou errando e como posso melhorar?”. Este é o ponto de partida para você estar preparado e rir da crise quando ela vier lhe assombrar novamente. O culpado está num único lugar: no espelho da sua casa.

Lilian Dias é comunicadora Agro, jornalista especializada no setor e geriu a redação das duas maiores emissoras de televisão do agronegócio brasileiro. Possui MBA Executivo pela ESPM, com foco em habilidades de gestão de pessoas, práticas de liderança e marketing. É autora do e-book "Os Pilares do Agronegócio".
Site: www.novoagro.com.br e www.liliandias.com.br Instagram: @novoagrotv e @liliandias.agro Youtube: https://www.youtube.com/novoagrotv e https://www.youtube.com/liliandias E-mail: novoagro@novoagro.com.br e contato@liliandias.com.br

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Gripe aviária: cuidados que você deve adotar na sua granja

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Causada pelo vírus da Influenza, a gripe aviária é uma doença que começou a gerar preocupação para a avicultura brasileira em meados de maio, com a confirmação de oito casos em aves silvestres, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

Desde então, já foram confirmados 79 casos da gripe aviária no Brasil, incluindo dois de criação doméstica, mas nenhum em aves comerciais.

Mesmo não tendo alcançado nenhuma granja comercial, a gripe aviária ligou o sinal de alerta de secretarias de agricultura em todo o país, tanto que nove estados brasileiros declararam emergência por causa da gripe aviária. 

Mas, deixar a influenza longe de granjas comerciais é uma responsabilidade de todos os agentes desta grande cadeia produtiva, desde o MAPA até o gestor de cada granja do país.

O que é a gripe aviária?

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é considerada uma doença de alto risco para aves quando causada por subtipos de vírus altamente patogênicos, como os tipos H5N1, H5N8, H7N9 ou H9N2. 

Essa condição raramente afeta os humanos e não é transmissível de pessoa para pessoa. A sua transmissão para humano acontece somente pelo contato com aves contaminadas.

Para melhor entendimento, vale conferir este material elaborado pela Embrapa. Desenvolvido pelos pesquisadores da unidade, este material explica o que é a gripe aviária, caracterizando-a como uma doença grave e altamente transmissível entre aves.

Possui também notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal.

Quando identificada, essa doença exige a adoção de barreiras sanitárias para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, resultando em enorme prejuízo econômico para a avicultura comercial.

Assim, caso sejam encontradas aves mortas ou apresentando dificuldades nervosas, motoras, e respiratórias, é fundamental manter distância segura e imediatamente chamar o Serviço Veterinário Oficial local.

Fatores de risco para a disseminação da gripe aviária

A melhor forma de preservar a saúde dos aviários é a prevenção contra o vírus, impedindo sua entrada nas granjas. Neste caso, Luizinho Caron, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, indica a relevância das medidas de biosseguridade.

Segundo o pesquisador, o principal fator de risco para o aparecimento da gripe aviária no Brasil é a baixa biosseguridade.

O perigo aumenta quando há a exposição de aves domésticas com aves migratórias/silvestres ou quando há o contato indireto, via água ou calçados de pessoas que frequentam a granja”, destaca.

O pesquisador da Embrapa também destaca que o principal sintoma dessa doença é a morte subida muito acima da mortalidade normal de aves no lote. 

Aves acometidas pela influenza, especificamente os vírus do tipo H5 ou H7, podem apresentar uma mortalidade superior a 60% ou de até de 80 a 100%, dependendo da patogenicidade do vírus”.

A mortalidade é tão grande que em caso de mortes muito rápidas, as aves podem não apresentar sintoma da doença.

Cuidados e boas práticas para deixar o vírus longe de aves comerciais

Para manter o vírus da influenza longe de granjas e aves comerciais, há uma série de cuidados e boas práticas que devem ser adotados.

Segundo Luizinho Caron, estes cuidados se relacionam às práticas que aumentem a biosseguridade do sistema produtivo. 

É fundamental adotar medidas que evitem o contato direto (de ave silvestre com a ave comercial) e indireto (levando a excreta de uma ave doente para dentro da granja por meio de calçados, mãos e água contaminada)”.

Assim, para aumentar a biosseguridade da granja é imprescindível reforçar as seguintes medidas e boas práticas, que inclusive são recomendadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA):

1 - Fortalecimento das estruturas de proteção: é preciso manter os aviários, incubatórios, fontes de água e fábricas de ração longe do contato com aves silvestres, roedores e outros animais;

2 - Aumente a restrição de acesso de pessoas e veículos não liberados: evite visitas à granja e, se possível, instale placas de “entrada proibida”;

3 - Adoção de um vestiário com espaço de higienização, inclusive com a oferta de um local adequado para banho e troca de roupa de todos que trabalham na granja;

4 - Realizar a prática de medidas de desinfecção: é fundamental higienizar rigorosamente equipamentos e roupas utilizados nos aviários, garantindo a redução do risco de contaminação;

5 - Manutenção da limpeza do entorno da área, impedindo o acúmulo de lixo ou entulhos ao redor das granjas;

6 - Restrição de acesso a corpos d’água, evitando que as aves de criação acessem lagos, açudes, poças ou tanques de água, que podem ser locais de contaminação;

7 - Não fornecer água de superfície para suas aves de criação;

8 - Garantir a qualidade da água, mantendo a sanitização adequada da água de dessedentação das aves e de aspersão, com a presença mínima de 3 ppm de cloro;

9 - Tratar a compostagem adequadamente: certifique-se de que o material seja tratado corretamente antes de ser utilizado como adubo, evitando a disseminação de possíveis patógenos;

10 - Não atrair aves silvestres para o entorno dos aviários: o entorno não deve conter plantações de árvores frutíferas, cereais ou qualquer vegetação atraente para aves silvestres;

11 - Manutenção dos registros sempre atualizados: controle o trânsito de pessoas e veículos, permitindo um rastreamento eficiente em caso de necessidade.

Portanto, aplicar essas medidas de biosseguridade é a principal medida de mitigação de risco para introdução do vírus da influenza aviária no plantel avícola nacional.

Com isso, o risco de evolução do vírus para formas altamente patogênicas e recombinação com componentes de outros vírus de influenza é reduzido, protegendo o plantel nacional da gripe aviária.

Você trabalha com a avicultura? Então confira os conteúdos mais lidos sobre o tema na Agrishow Digital. Boa leitura

4 passos para decolar as vendas

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Como eu posso aumentar as vendas da minha empresa? De que forma eu consigo ampliar a base de clientes? É possível conquistar mais market share em poucos meses? O que eu faço para vender mais?

Essas foram apenas algumas de muitas perguntas que eu recebi nos últimos dias. Todas elas têm algo em comum: referem-se a aumentar as vendas.

Com o início da safra 23/24, essa tem sido a preocupação de muitas empresas de agronegócio.

Mas, aqui já faço um alerta: não há receita mágica. Afinal, cada empresa tem a sua essência, o seu propósito e seus objetivos.

É claro que algumas dicas podem ajudar, dar um norte. Então, vamos a elas:

1) Crie Conexões

É importante, a todo instante, a empresa de agronegócio criar conexões com o público-alvo. Essa conexão pode ser estabelecida de várias formas, como o lançamento de produtos/soluções que realmente tenham aderência, a realização de pesquisas, dias especialmente preparados para os clientes etc. 

2) Estabeleça Comunidades

Após estabelecer conexões, invista recursos para estabelecer comunidades com prospects e clientes, propiciando um ambiente com rica troca de experiências e aprendizado contínuo. Esse ecossistema irá permitir a importante evolução da empresa, em vários aspectos.

3) Faça um marketing educativo

Amplie o conhecimento do cliente sobre o seu produto/serviço, por meio de um marketing educativo. Incentive ele a conhecer todas as características e particulares, antes que ele faça uma compra.

4) Interaja positivamente

A positividade precisa fazer parte do dia a dia de qualquer venda. Com ela, aumentam as nossas chances de criar conexões, estabelecer comunidade e fazer um marketing educativo.

Espero que você tenha gostado desse texto.

No próximo artigo, compartilharemos ainda mais dicas.

Vamos juntos, com a força do agro!

Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio.

Os colunistas do Agrishow Digital são livres pra expressarem suas opiniões e estas não necessariamente refletem o pensamento do canal.

Policultura: conheça o método acessível para pequenos produtores agrícolas

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Utilizada especialmente por pequenos agricultores, a policultura é uma prática que consiste no cultivo de várias espécies na mesma área, seja de modo simultâneo, seja em sequência (por meio da rotação de culturas).

Oposto da monocultura, a policultura gera uma série de benefícios para as plantas, para o solo e para o meio ambiente. No entanto, há algumas dificuldades para a sua implantação e manutenção, exigindo total atenção do agricultor.

De forma geral, a policultura é bem acessível para a agricultura familiar, com estes pequenos agricultores adotando-a e tendo ótimos resultados com essa estratégia.

O que é a policultura?

O significado mais aceito de o que é a policultura consiste na produção de vários tipos de produtos agrícolas e na criação de diferentes espécies de animais em uma mesma área.

Por essa característica, a prática da policultura é feita principalmente por pequenos agricultores em minifúndios (pequenas propriedades rurais e agricultura familiar), de forma simultânea ou por meio da técnica de rotação de culturas. 

Esse é um modelo de produção encontrado geralmente nas atividades da agricultura extensiva, como, por exemplo, agricultura de subsistência ou familiar.

Os produtos mais cultivados na policultura são: feijão, algodão, abóbora, mandioca, batata, fumo e praticamente todo tipo de frutas.

Por ser praticada principalmente por agricultores familiares, a policultura contribui significativamente com a economia regional. São também adotadas práticas ecológicas garantidoras da qualidade de vida da população do ambiente em que é realizada.

Vantagens e desvantagens da policultura

Amplamente aplicada em todas as regiões do Brasil, a policultura é uma forma de produção agrícola usada pelos produtores para obter sustento próprio e geração de renda. 

Mas, assim como qualquer outra atividade, esse modelo de produção apresenta vantagens e algumas desvantagens.

As principais vantagens da policultura se baseiam em:

  • As culturas são cultivadas em um menor espaço de área;
  • Utiliza pouca tecnologia, principalmente para as irrigações, reduzindo custos;
  • Fortalece as plantas, principalmente por fornecer maiores nutrientes ao solo;
  • Permite o descanso do solo, prevenindo-o contra o esgotamento e o empobrecimento nutricional;
  • Possibilita estabilidade econômica aos produtores e familiares;
  • Permite o cultivo de maior variedade de culturas;
  • Há o combate natural e sustentável de pragas e doenças, reduzindo o uso de fertilizantes e agrotóxicos;
  • Não está associado ao desmatamento, protegendo o meio ambiente;
  • Dá preferência à rotação de culturas.

Quanto às desvantagens, merecem destaque:

  • A lucratividade pode ser afetada em alguns períodos, por conta da cotação de produtos no mercado, já que a rotação de cultura é regra para a troca o plantio;
  • Requer maior planejamento, análise e desenvolvimento das lavouras e da área;
  • Requer conhecimento sobre o desenvolvimento de diferentes culturas.

Neste sentido, o investimento em conhecimento e em ciência ajuda os produtores a implantar diferentes culturas na mesma área, sempre com a mesma eficiência.

Muitas possibilidades da policultura

Com a pressão do mercado consumidor, o método da monocultura se acentuou bastante nas últimas décadas, tornando a policultura obsoleta em muitas regiões do mundo.

Mas, quem adota a policultura, torna-a mais orgânica, ou seja, com a produção de alimentos orgânicos, ou seja, livre de agrotóxicos e de modificações genéticas.

E este é um tipo de produto que vem sendo muito procurado por uma parcela pequena, mas crescente da população brasileira, que pretende ter uma alimentação mais saudável, beneficiando este setor.

A policultura é então uma forma de atender este nicho de mercado e ainda fazer a economia girar, possibilitando que os recursos cheguem também aos produtores familiares que, geralmente, são os menos favorecidos pelos planos do Governo.

Assim, essa é uma possibilidade que pode favorecer aquelas famílias que produzem apenas para a subsistência, mas que podem buscar mercado para seus produtos, já que eles são muito bem aceitos pelo público. 

Portanto, vale levar essa possibilidade como uma boa forma de inovar e ter bons resultados.

Sustentabilidade + preservação ambiental

Diante dos muitos desafios ambientais enfrentados pelo planeta, a policultura vem ganhando destaque como um método de produção mais sustentável e com menor impacto ambiental.

Como já destacado, a técnica reduz a necessidade do uso de insumos em excesso. Em contrapartida, ela requer uma análise melhor do solo, planejamento, conhecimento técnico e mão de obra manual para alcançar o sucesso. 

Importante citar também que existem diferentes técnicas de execução da policultura, tais como:

  • Consorciação de cultura — relacionada à plantação de diferentes culturas na mesma linha ou campo;
  • Agrossilvicultura — combinação do cultivo de diferentes culturas e árvores na mesma área;
  • Rotação de culturas — planejamento de ciclos de produção com plantas que requerem nutrientes diferentes de solo e assim fazem a recuperação deste;
  • Sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF).

Além disso, a indicação é realizar o plantio de espécies com ciclos curtos, médio e longo, com a mescla de plantas arbóreas e rasteiras para manter o solo permanentemente fértil e produtivo. 

Assim, a policultura representa a volta do foco para a produção alimentar destinada ao consumo regional. Esse é um meio de salvar o meio ambiente e as populações locais, que teriam acesso a alimentos mais saudáveis e sustentáveis.

Continue acompanhando a Agrishow Digital e conheça as principais novidades sobre todas as culturas agrícolas